Uma seca histórica assola o estado do Amazonas e deixa comunidades sem abastecimento de água e comida, além de ficarem isoladas devido ao baixo nível dos rios. O fenômeno também já levou cerca de 100 botos à morte.
O episódio também já causou acidentes fatais, como o deslizamento de uma vila inteira no interior de Manaus, que derrubou 40 casas para dentro do rio. Duas pessoas morreram e outras três seguem desaparecidas.
Te podría interesar
Em vídeo divulgado pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB), uma comunidade indígena mostra os efeitos da seca que afeta a região. Eles afirmam que em três dias ficarão sem água potável, e não podem se locomover pois não há água suficiente nos rios.
De acordo com os moradores, eles precisam se deslocar cerca de 6 quilômetros a pé para chegar na boca do Rio Cuieiras para conseguir um transporte aquaviário até Manaus para comprar alimentos.
Te podría interesar
No entanto, a água do rio está tão escaldante que é impossível entrar.
A comunidade também se preocupa com atendimento médico, que só poderia ser feito através de helicóptero.
Medidas
Nesta terça-feira (3), o vice-presidente, Geraldo Alckmin, que está na presidência em exercício, e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmaram que medidas estão sendo tomadas. Segundo a ministra, equipes do Ibama e do ICMBio foram enviadas em ação emergencial à região para analisar a morte dos animais marinhos.
Já o vice-presidente anunciou que nesta quarta-feira (3) vai até Manaus para elaborar planos de ação.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, destinou R$ 138 milhões para a dragagem entre as cidades de Tabatinga e Benjamin Constant, e no rio Madeira, atingidos pela seca no Amazonas.
Segundo o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), a previsão é de que a seca do Rio Negro atinja seu ápice na segunda quinzena de outubro.