O estado do Amazonas decretou, nesta sexta-feira (29), estado de emergência para 55 dos 62 municípios do estado, devido à seca severa que está causando a estiagem de rios, morte de peixes e falta de água e comida para a população.
O decreto do governador Wilson Lima (União Brasil) vai durar 180 dias, ou seja, seis meses. Lima também anunciou uma série de medidas para enfrentar os efeitos da seca, dentre elas:
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- Contratos para compra de produtos destinados à emergência não precisam mais passar por licitação pública, como as cerca de 50 mil cestas básicas anunciadas nesta sexta.
- Facilitou a licença para abrir poços artesianos em áreas fechadas;
- Destinou R$ 8,1 milhões ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que deve auxiliar cerca de 1,1 mil pequenos agricultores de cidades afetadas pela seca;
“Tem muita gente já com dificuldade para ter acesso a alimentos, segurança alimentar, água potável e outros insumos que são importantes. Temos dificuldades porque é exatamente por esse rio que chegam os insumos, a matéria-prima para a Zona Franca e também por onde saem os produtos acabados”, afirmou Wilson Lima.
Nas últimas duas semanas, houve uma redução de 40% na capacidade de transporte fluvial na região. Os insumos chegam principalmente pela Zona Franca de Manaus.
A previsão é que cerca de 520 mil pessoas podem ser impactadas pela seca até dezembro, segundo a Defesa Civil do estado.
Comitê de emergência
Junto à Operação Estiagem 2023, que entrou em vigor no dia último dia 12 e conta com cerca de R$ 100 milhões em recursos, também foi criado um comitê de crise, chefiado pelo governador em parceria com a Defesa Civil.