A segurança pessoal do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não é a única preocupação da equipe responsável pela organização da posse. Um forte esquema de segurança, com snipers, raio-x, revista e varreduras feitas pelo esquadrão antibombas são algumas das medidas previstas para garantir tranquilidade às autoridades de diversos países e de todos os estados da federação que estarão presentes na cerimônia.
Além disso, há ações do Supremo Tribunal Federal (STF) para contribuir com a segurança dos próximos dias na capital federal, como a decisão do ministro Alexandre de Moraes de suspender a autorização de porte e transporte de armas de fogo em todo o território do Distrito Federal e, após a troca do responsável pelo comando do Exército, a equipe responsável pela segurança contará com a mobilização de contingente escolhido a dedo junto às Forças Armadas para a Operação Posse Presidencial.
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Todos os recursos
Seguindo as ações para que corra tudo bem na solenidade e no Festival do Futuro, que ocorre em seguida, o futuro ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), já afirmou que o novo governo trabalhará com todos os recurso a que terá acesso já nas primeiras horas do dia 1º de janeiro, quando o novo governo assume de fato. Até lá, várias articulações de integrantes do novo governo têm antecipado diversos cuidados.
Nesta quinta (29), foi passada uma orientação por parte da equipe de segurança de Lula para que sua família permaneça no hotel em que estará hospedada em Brasília nos dias que ainda faltam para o início da cerimônia de posse, por razões de segurança. A informação é da colunista da Folha de S. Paulo Mônica Bergamo.
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Família grande
Lula tem uma família grande, é o sétimo dos oito filhos de Aristides Inácio da Silva e Eurídice Ferreira de Melo, a Dona Lindu. Em função disso, a quantidade de parentes presentes à posse tende a ser grande. A orientação tem por objetivo evitar que os familiares do presidente eleito fiquem expostos a ataques violentos ao circularem pela capital federal. São esperados para a posse de Lula seus três irmãos vivos – Maria, Ruth e Frei Chico –, os cinco filhos – Lurian, Marcos, Fabio, Sandro e Luís Claudio –, as noras e o genro, os oito netos e a bisneta, Analua.
Considerando as ações terroristas ocorridas em dezembro, inclusive com denúncia de participação de integrantes do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) nas ações, há receio de que integrantes da família do novo presidente possam ser seguidos e tenham seus passos relatados para outros grupos de bolsonaristas, o que poderiam terminar em cercos estabelecimentos, como restaurantes, lojas ou mesmo pontos turísticos e parques da cidade projetada por Oscar Niemeyer e Lúcio Costa.
Precaução justificada
A preocupação está longe de ser excessiva, não apenas considerando as ações terroristas na própria capital federal, mas também levando em conta o uso da tática de perseguição empreendida contra ministros do STF durante estadia em Nova York para um evento ocorrido em novembro.