O ex-presidente Lula (PT) fez um aceno aos veganos e vegetarianos em discurso nesta quinta-feira (17). O petista, que é apreciador de carne e adora churrasco, disse que "melhorou o seu discurso" e agora fala ao pessoal vegetariano.
"Eu melhorei meu discurso. Não falo só do pessoal voltar a comer churrasco, mas também o pessoal vegetariano, que não come carne, poder comer uma boa salada orgânica, estimularmos uma agricultura mais saudável no nosso país", afirmou.
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Com frequência, Lula usa a carne em suas declarações para exemplificar a perda de renda dos brasileiros desde que o PT parou de governar o Brasil. Isso porque um dos maiores indicativos do poder aquisitivo é o consumo do alimento que, por ser caro, é um dos primeiros itens a sair do cardápio.
Na contramão do desastre atual - em que um kg de picanha custa em média R$ 64 -, durante os primeiros sete anos do governo Lula, segundo registrou o jornal Estadão, o consumo de carne teve alta de R$ 500 bi.
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Bolsonaro aliado do agronegócio; Lula, da agricultura familiar
Além disso, o governo de Jair Bolsonaro (PL) é um grande aliado do agronegócio e dos agrotóxicos. Em seu primeiro ano, 474 pesticidas foram liberados. Já em 2020, o número subiu para 493. Ao final do ano passado, o Ministério da Agricultura bateu novo recorde, aprovando o registro de 550 novos agrotóxicos.
Desde o golpe na ex-presidenta Dilma Rousseff, em 2016, um conjunto de leis e decretos foram editados para sufocar a agricultura familiar, incluindo a Medida Provisória 910, da regularização fundiária, assinada por Bolsonaro. Lula, por sua vez, deu prioridade ao setor da agricultura familiar.
Durante seu governo, criou e regulamentou programas que incentivam até hoje a produção e venda de alimentos, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).