Diones Coelho da Silva, o motorista que acidentalmente atropelou o ator Kayky Brito, revelou que o amigo do artista, Bruno de Luca, o procurou para conversar, após ser acusado de omissão de socorro.
Diones e Bruno tiveram uma conversa pelo telefone onde, de acordo com Diones, foi possível notar que o amigo de Kayky não está bem psicologicamente. O motorista contou que o ator tem medo de sair na rua e se sente coagido com o ódio que recebeu na internet.
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"Ele me procurou no Instagram pedindo o meu número. E nessa ligação ele me agradeceu bastante em relação ao suporte que prestei ao amigo dele. Eu só fui um instrumento e agi como cidadão", disse Diones.
Além disso, Bruno agradeceu pela prestação de primeiros socorros e pela cautela que Diones teve com seu colega durante e depois do acidente, atitude que salvou a vida de Kayky.
Ao perceber que Bruno precisava de ajuda, Diones ofereceu-se para levá-lo a uma igreja e prestar ajuda. Através do Instagram, o motorista compartilhou, com o consenso de Bruno, a aflição do ator, na última quarta-feira (01).
"Eu tô aqui pra te ajudar, no que você puder conta comigo relacionado a conversar, a desabafar", disse Diones a Bruno.
A acusação e o acidente
Kayky de Brito foi atropelado na madrugada do dia 2 de setembro por Diones da Silva, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O ator sofreu traumatismo craniano e politraumatismo, e ficou em estado grave no Hospital Miguel Couto e, depois, no Copa D'Or, durante 27 dias.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro investigou o caso e concluiu que Diones estava em velocidade abaixo do limite permitido – a via era de 70km/h e o motorista estava em 48km/h. Além disso, Diones não ingeriu nenhuma bebida alcoólica, tentou desviar de Kayky e prestou socorro imediato.
Bruno de Luca estava junto de Kayky, num quiosque no Posto 6, quando tudo aconteceu. A juíza Simone Cavalieri Frota aceitou o pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) e, a desde então, o ator responde por omissão de socorro.
Segundo o MP, a razão de acusá-lo seria devido ao fato de que Bruno foi o único no local que não buscou ajuda ou saber se alguém já havia acionado socorro para Kayky.
O inquérito da Polícia Civil não constatou a omissão de socorro por parte de Bruno, que foi solicitada posteriormente pelo promotor Marcio Almeida Ribeiro da Silva.
De acordo com o advogado de Bruno, seu cliente não tinha obrigação de prestar socorro a Kayky, uma vez que outras pessoas já haviam se mobilizado e, por isso, não cometeu nenhum crime.