CONTRA FAKE

Lula vaiado em lugares públicos? É fake. Popularidade de petista supera a de Bolsonaro

Narrativa bolsonarista nas redes sociais tenta distorcer a realidade para vender imagem de que o atual presidente é popular

Créditos: Bolsonaro e Lula na campanha eleitoral de 2022 (Divulgação/Ricardo Stuckert)
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Numa tentativa de desacreditar as pesquisas eleitorais, os principais influencers bolsonaristas estão questionando o favoritismo do ex-presidente Lula com base em mentiras. Rodrigo Constantino, em seu espaço na Jovem Pan, atacou a recente pesquisa Datafolha, que chama de "ridícula" por mostrar que Lula tem chance de vencer no primeiro turno.

Além dos ataques, Constantino diz que a pesquisa Datafolha foi paga pela TV Globo, o que não é verdade. A pesquisa encomendada pela Globo é a do Ipec. Na Datafolha, a rejeição de Bolsonaro é de 51%, enquanto a de Lula é de 37%. No Ipec, Bolsonaro é rejeitado por 46% enquanto Lula, por 33%. 

"Lula é vaiado em aeroporto, em todo o lugar que vai. É ridículo imaginar esse favoritismo todo", diz uma peça que circula nos grupos de Telegram bolsonaristas que acompanham um trecho do comentário de Constantino feito na Jovem Pan. As informações contidas na peça são falsas, já que desde o início da campanha não há nenhum registro que mostre o ex-presidente sendo vaiado. 

Lula comenta rejeição 

O ex-presidente Lula comentou, em entrevista para veículos de imprensa estrangeiros nesta segunda-feira (22), o que pensa a respeito dos números de rejeição.

"Eu gostaria, sinceramente, de ser amado por todos. Eu gostaria de ter 0% de rejeição, mas isso não acontece nem em casa quando você está na mesa com os filhos. Por que você vai querer isso da sociedade?", disse, em tom de brincadeira.

Citando os números das pesquisas, Lula ainda alfinetou os adversários enquanto argumentava que a campanha eleitoral ainda não começou na televisão e no rádio e que, apesar da rejeição, tem altos índices de "aceitação". 

"Eu acho que se tem um candidato que está bem na fita, sou eu. Eu acho que os outros estão um pouquinho pior do que eu. Tem gente que não tem rejeição, mas também não tem aceitação. É o chamado político neutro, ninguém sabe que ele existe", brincou.