Igor Vinícius e a maneira diferente como São Paulo e Corinthians enfrentam a dívida
Lateral pode trocar Morumbi por Itaquera: economia necessária de um e gasto desnecessário de outro
O lateral direito Igor Vinicius tem contrato com o São Paulo até o final do ano. Foi comunicado que ele não será renovado. Ele já pode assinar pré contrato com algum time e ser liberado já.
Recebeu oferta do Athetico Paranaense e não aceitou. Não quer perder as férias devido à Copa Mundial de Clubes.
Mas convite do Corinthians ninguém rejeita. Ele foi feito e aceito. Os salários foram acertados. O São Paulo, porém, pede uma compensação financeira pela liberação seis meses antes.
Talvez aceite liberar de graça para ficar livre de pagar seis meses de salário de um jogador que não é levado em conta pelo treinador.
A negociação mostra como os dois clubes estão encarando de forma diferente a dívida de casa um.
O São Paulo deve quase um bi e tem feito movimentação de corte de despesas. Com a saída de Igor Vinicius, abre caminho para Maik, Igor Felisberto e Ângelo, todos da base. Ângelo, perto de completar 17 anos já foi vendido para a Europa.
O Corinthians, que deve pouco mais de 2 bi, quer gastar dinheiro - mesmo que consiga a liberação grátis - por um bom jogador, mas que não significa mudança de patamar na posição. Não é muito melhor e nem muito pior que Matheuzinho.
Acredito que a cota de loucuras do Corinthians já deveria haver terminado. O alto salário pago a Memphis ao menos serviu para levar o time do Z-4 ao G-8. Coronado, que também custou caro, não ajudou muito.
O São Paulo, ao fechar as torneiras, parece estar sendo mais sério - no mínimo, mais cauteloso em enfrentar o buraco financeiro.