Estevão faz do futebol uma alegre brincadeira
Jogador de 17 anos é a prova de que o futebol brasileiro tem muitos craques e poucos dirigentes de nível
Futebol é business. Envolve bilhões, um negócio que movimenta a Terra, não por acaso, redonda como uma bola.
É medicina, é físico, é estudo, é tática. É uma salada de números e figuras geométricas. Muitas palavras complicadas. Um triângulo escaleno, com com dupla contenção e saída em trapézio, para ter encaixe perfeito que permita associação afetiva que resulte em vitória pessoal na Zona 14.
Mas tudo começa com uma brincadeira. Um menino. Uma bola e dois chinelos formando um gol. Brincadeira, liberdade.
Estevão joga assim. Tem 17 anos e joga como se ainda tivesse sete. Dribla e chuta. É uma criança, mas também é um veterano
Comandou o baile do Palmeiras sobre o São Bernardo na sexta de Carnaval. No primeiro, arrumou espaço, chutou alto, acertou o travessão e o gol. No segundo, o espaço lhe foi regalado. O zagueiro se afastou, como em sinal de respeito. E o chute saiu rasteiro, entrando no único lugar possível. Canto direito baixo, com ajuda do goleiro Alex Alves.
No segundo tempo, o goleiro falhou novamente e Flaco Lopez fez o terceiro.
O Palmeiras está na semi. Espera os outros três. É candidatíssimo.