DISPUTA PRESIDENCIAL

Lula e Haddad venceriam Bolsonaro e Tarcísio em eventual 2º turno, diz Datafolha

Instituto simulou cenários com e sem o atual presidente da República, e o resultado é favorável para o campo da esquerda

Lula e Haddad venceriam Bolsonaro e Tarcísio em eventual 2º turno, diz Datafolha.Créditos: Ricardo Stuckert/PR
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O Datafolha divulgou neste sábado (5) levantamento que traz números sobre o governo Lula e outros que traçam cenários para a disputa presidencial de 2026.

A pesquisa traz uma boa notícia para o governo federal: Lula vence com folga em todos os cenários de segundo turno e o seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também se sairia bem. Claro, com uma margem mais apertada, mas tanto o presidente quanto o chefe da Fazenda venceriam o ex-presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

Confira abaixo os cenários estimulados pelo Datafolha:

  • Lula 49%
  • Bolsonaro 40%

 

  • Lula 48%
  • Tarcísio 39%

 

  • Lula 50%
  • Michelle 38%

 

  • Lula 51%
  • Eduardo Bolsonaro 34%

 

  • Haddad 45%
  • Bolsonaro 41%

 

  • Haddad 43%
  • Tarcísio 37%

Apesar do bom desempenho do ministro Fernando Haddad no segundo turno, ele tem desafios para chegar à segunda rodada do pleito presidencial em 2026. Segundo o Datafolha, ele aparece empatado com Ciro e Tarcísio:

  • Ciro 19%
  • Tarcísio 16%
  • Haddad 15%

Lula lidera em todos os cenários e vence qualquer candidato, diz Datafolha

Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (5) aponta que, além de ter conseguido melhorar seus índices de aprovação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva venceria qualquer candidato se as eleições presidenciais fossem hoje. 

Segundo o levantamento, Lula derrotaria todos os nomes da direita e extrema direita que são cotados para concorrer ao Palácio do Planalto em 2026. O presidente, que está em seu terceiro mandato, também venceria a disputa se Jair Bolsonaro fosse candidato. O ex-presidente, contudo, está inelegível até 2030 e não poderá participar da eleição. 

Confira abaixo todos os cenários eleitorais simulados pela pesquisa Datafolha: 

Cenário 1

  • Lula (PT): 36%
  • Jair Bolsonaro (PL): 30%
  • Ciro Gomes (PDT): 12%
  • Pablo Marçal (PRTB): 7%
  • Eduardo Leite (PSDB): 5%
  • Em branco/nulo/nenhum: 9%
  • Não sabem: 2%

Cenário 2 

  • Lula (PT): 35%
  • Tarcísio de Freitas (Republicanos): 15%
  • Ciro Gomes (PDT): 11%
  • Pablo Marçal (PRTB): 11%
  • Ratinho Junior (PSD): 5%
  • Eduardo Leite (PSDB): 3%
  • Romeu Zema (Novo): 3%
  • Ronaldo Caiado (União Brasil): 2%
  • Em branco/nulo/nenhum: 11%
  • Não sabem: 3%

 Cenário 3 

  • Lula (PT): 35%
  • Ciro Gomes (PDT): 12%
  • Eduardo Bolsonaro (PL): 11%
  • Pablo Marçal (PRTB): 10%
  • Ratinho Junior (PSD): 6%
  • Romeu Zema (Novo): 4%
  • Eduardo Leite (PSDB): 4%
  • Ronaldo Caiado (União Brasil): 3%
  • Em branco/nulo/nenhum: 12%
  • Não sabem: 3%

Cenário 4 

  • Lula (PT): 35%
  • Michelle Bolsonaro (PL): 15%
  • Ciro Gomes (PDT): 12%
  • Pablo Marçal (PRTB): 10%
  • Ratinho Junior (PSD): 5%
  • Romeu Zema (Novo): 4%
  • Eduardo Leite (PSDB): 3%
  • Ronaldo Caiado (União Brasil): 3%
  • Em branco/nulo/nenhum: 10%
  • Não sabem: 2%

Cenário 5 

  • Lula (PT): 43%
  • Tarcísio de Freitas (Republicanos): 24%
  • Pablo Marçal (PRTB): 15%
  • Em branco/nulo/nenhum: 16%
  • Não sabem: 2%

Pesquisa espontânea (quando os nomes dos candidatos não são citados) 

  • Lula (PT): 20%
  • Jair Bolsonaro (PL): 14%
  • Tarcísio de Freitas (Republicanos): 1%
  • Ciro Gomes (PDT): 1%
  • “No atual”: 1%
  • Vota no PT/candidato do PT: 1%
  • Não vota: 1%
  • Não sabe: 52%
  • Outras respostas: 4%
  • Em branco/nulo/nenhum: 6%

Aprovação do governo Lula sobe 5 pontos

A aprovação do governo Lula subiu cinco pontos percentuais entre fevereiro e abril, segundo nova pesquisa do Instituto Datafolha divulgada nesta sexta-feira (5). O índice de brasileiros que avaliam a gestão como ótima ou boa passou de 24% para 29%, interrompendo uma trajetória de queda observada desde o início do ano.

Apesar do avanço, a reprovação do governo ainda supera a aprovação: 38% classificam a administração como ruim ou péssima, contra 41% em fevereiro. Já 32% dos entrevistados consideram a gestão regular, número que se manteve estável.

Os dados mostram que o governo se mantém no segundo pior patamar de avaliação desde o início do terceiro mandato de Lula. Em dezembro de 2023, por exemplo, a aprovação era de 35%, contra 34% de reprovação. 

A queda na popularidade ao longo do primeiro trimestre é atribuída a pressões inflacionárias, principalmente pela alta nos preços dos alimentos, e problemas de comunicação, como no caso do Pix, quando surgiram boatos inventados pela extrema direita sobre uma suposta taxação.

Para tentar conter os danos, o presidente nomeou o marqueteiro Sidônio Palmeira para chefiar a Secretaria de Comunicação Social (Secom). A mudança começa a mostrar seus primeiros efeitos agora.

O atual nível de aprovação de Lula é semelhante ao registrado em 2005, durante a crise do chamado mensalão. Naquele momento, ele também marcou 28% de avaliação positiva.

Para fins de comparação, em maio de 2021, Jair Bolsonaro marcava 24% de ótimo ou bom e 45% de ruim ou péssimo, durante a crise da pandemia de Covid-19.

A recuperação mais significativa foi observada entre pessoas com ensino superior, cuja aprovação subiu de 18% para 31%. Também houve crescimento entre quem ganha acima de dois salários mínimos. Entre os que recebem entre 5 e 10 salários, por exemplo, a avaliação positiva foi de 18% para 31%.

Já entre os mais pobres (até dois salários), a aprovação se manteve praticamente estável: 30%, contra 29% em fevereiro. No Nordeste, a taxa de aprovação é de 38%, mantendo a região como o principal reduto do petista, embora abaixo dos 49% registrados em dezembro.

Aprovação 

A pesquisa mostra que, no momento, 49% dos entrevistados desaprovam o governo Lula, enquanto 48% aprovam, configurando um empate técnico dentro da margem de erro de dois pontos percentuais. Os indecisos somam 3%.

A pesquisa Datafolha foi realizada presencialmente entre os dias 1º e 3 de abril, com 3.054 entrevistados com 16 anos ou mais, em 172 municípios de todo o país. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

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