O Datafolha divulgou neste sábado (5) levantamento que traz números sobre o governo Lula e outros que traçam cenários para a disputa presidencial de 2026.
A pesquisa traz uma boa notícia para o governo federal: Lula vence com folga em todos os cenários de segundo turno e o seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também se sairia bem. Claro, com uma margem mais apertada, mas tanto o presidente quanto o chefe da Fazenda venceriam o ex-presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
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Confira abaixo os cenários estimulados pelo Datafolha:
- Lula 49%
- Bolsonaro 40%
- Lula 48%
- Tarcísio 39%
- Lula 50%
- Michelle 38%
- Lula 51%
- Eduardo Bolsonaro 34%
- Haddad 45%
- Bolsonaro 41%
- Haddad 43%
- Tarcísio 37%
Apesar do bom desempenho do ministro Fernando Haddad no segundo turno, ele tem desafios para chegar à segunda rodada do pleito presidencial em 2026. Segundo o Datafolha, ele aparece empatado com Ciro e Tarcísio:
- Ciro 19%
- Tarcísio 16%
- Haddad 15%
Lula lidera em todos os cenários e vence qualquer candidato, diz Datafolha
Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (5) aponta que, além de ter conseguido melhorar seus índices de aprovação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva venceria qualquer candidato se as eleições presidenciais fossem hoje.
Segundo o levantamento, Lula derrotaria todos os nomes da direita e extrema direita que são cotados para concorrer ao Palácio do Planalto em 2026. O presidente, que está em seu terceiro mandato, também venceria a disputa se Jair Bolsonaro fosse candidato. O ex-presidente, contudo, está inelegível até 2030 e não poderá participar da eleição.
Confira abaixo todos os cenários eleitorais simulados pela pesquisa Datafolha:
Cenário 1
- Lula (PT): 36%
- Jair Bolsonaro (PL): 30%
- Ciro Gomes (PDT): 12%
- Pablo Marçal (PRTB): 7%
- Eduardo Leite (PSDB): 5%
- Em branco/nulo/nenhum: 9%
- Não sabem: 2%
Cenário 2
- Lula (PT): 35%
- Tarcísio de Freitas (Republicanos): 15%
- Ciro Gomes (PDT): 11%
- Pablo Marçal (PRTB): 11%
- Ratinho Junior (PSD): 5%
- Eduardo Leite (PSDB): 3%
- Romeu Zema (Novo): 3%
- Ronaldo Caiado (União Brasil): 2%
- Em branco/nulo/nenhum: 11%
- Não sabem: 3%
Cenário 3
- Lula (PT): 35%
- Ciro Gomes (PDT): 12%
- Eduardo Bolsonaro (PL): 11%
- Pablo Marçal (PRTB): 10%
- Ratinho Junior (PSD): 6%
- Romeu Zema (Novo): 4%
- Eduardo Leite (PSDB): 4%
- Ronaldo Caiado (União Brasil): 3%
- Em branco/nulo/nenhum: 12%
- Não sabem: 3%
Cenário 4
- Lula (PT): 35%
- Michelle Bolsonaro (PL): 15%
- Ciro Gomes (PDT): 12%
- Pablo Marçal (PRTB): 10%
- Ratinho Junior (PSD): 5%
- Romeu Zema (Novo): 4%
- Eduardo Leite (PSDB): 3%
- Ronaldo Caiado (União Brasil): 3%
- Em branco/nulo/nenhum: 10%
- Não sabem: 2%
Cenário 5
- Lula (PT): 43%
- Tarcísio de Freitas (Republicanos): 24%
- Pablo Marçal (PRTB): 15%
- Em branco/nulo/nenhum: 16%
- Não sabem: 2%
Pesquisa espontânea (quando os nomes dos candidatos não são citados)
- Lula (PT): 20%
- Jair Bolsonaro (PL): 14%
- Tarcísio de Freitas (Republicanos): 1%
- Ciro Gomes (PDT): 1%
- “No atual”: 1%
- Vota no PT/candidato do PT: 1%
- Não vota: 1%
- Não sabe: 52%
- Outras respostas: 4%
- Em branco/nulo/nenhum: 6%
Aprovação do governo Lula sobe 5 pontos
A aprovação do governo Lula subiu cinco pontos percentuais entre fevereiro e abril, segundo nova pesquisa do Instituto Datafolha divulgada nesta sexta-feira (5). O índice de brasileiros que avaliam a gestão como ótima ou boa passou de 24% para 29%, interrompendo uma trajetória de queda observada desde o início do ano.
Apesar do avanço, a reprovação do governo ainda supera a aprovação: 38% classificam a administração como ruim ou péssima, contra 41% em fevereiro. Já 32% dos entrevistados consideram a gestão regular, número que se manteve estável.
Os dados mostram que o governo se mantém no segundo pior patamar de avaliação desde o início do terceiro mandato de Lula. Em dezembro de 2023, por exemplo, a aprovação era de 35%, contra 34% de reprovação.
A queda na popularidade ao longo do primeiro trimestre é atribuída a pressões inflacionárias, principalmente pela alta nos preços dos alimentos, e problemas de comunicação, como no caso do Pix, quando surgiram boatos inventados pela extrema direita sobre uma suposta taxação.
Para tentar conter os danos, o presidente nomeou o marqueteiro Sidônio Palmeira para chefiar a Secretaria de Comunicação Social (Secom). A mudança começa a mostrar seus primeiros efeitos agora.
O atual nível de aprovação de Lula é semelhante ao registrado em 2005, durante a crise do chamado mensalão. Naquele momento, ele também marcou 28% de avaliação positiva.
Para fins de comparação, em maio de 2021, Jair Bolsonaro marcava 24% de ótimo ou bom e 45% de ruim ou péssimo, durante a crise da pandemia de Covid-19.
A recuperação mais significativa foi observada entre pessoas com ensino superior, cuja aprovação subiu de 18% para 31%. Também houve crescimento entre quem ganha acima de dois salários mínimos. Entre os que recebem entre 5 e 10 salários, por exemplo, a avaliação positiva foi de 18% para 31%.
Já entre os mais pobres (até dois salários), a aprovação se manteve praticamente estável: 30%, contra 29% em fevereiro. No Nordeste, a taxa de aprovação é de 38%, mantendo a região como o principal reduto do petista, embora abaixo dos 49% registrados em dezembro.
Aprovação
A pesquisa mostra que, no momento, 49% dos entrevistados desaprovam o governo Lula, enquanto 48% aprovam, configurando um empate técnico dentro da margem de erro de dois pontos percentuais. Os indecisos somam 3%.
A pesquisa Datafolha foi realizada presencialmente entre os dias 1º e 3 de abril, com 3.054 entrevistados com 16 anos ou mais, em 172 municípios de todo o país. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.