Os falsos patriotas estão arrasados com a vitória de Fernanda Torres e Eunice Paiva
Vitória do cinema brasileiro serve também para mostrar ao mundo uma parte do que foram os terríveis anos de Ditadura no Brasil
Há uma parcela da população extremamente incomodada com a vitória de Fernanda Torres, a melhor atriz no Globo de Ouro. Uma vitória do cinema brasileiro, não apenas dela.
São os que se chamam de patriotas. Falsos patriotas, patriotas de araque, arautos de uma Pátria criada a partir das morte, da injúria, da tortura. De uma Pátria criada partir do desaparecimento de quem pensa diferente.
Não foi Jair Bolsonaro, o Mito dessa gente, que, de maneira covarde e abjeta, cuspiu na estátua de Rubens Paiva? Pois, agora, vê a vitória de Eunice Paiva - personificada visceralmente por Fernanda Torres - em palco internacional.
Não foi Jair Bolsonaro a fazer discurso elogiando o torturador Ustra? Pois, agora, mais pessoas no mundo todo, sabem o que a tortura fez com Rubens Paiva, suavemente interpretado por Selton Melo.
Os bolsonaristas - gente inculta e que reza por pneus - tentou boicotar o filme. E ele é o mais visto, com mais de três milhões de pessoas. Eles tentaram calar o cinema brasileiro e estão vendo sua grande vitória.
É mais uma derrota para quem não teve competência para dar o golpe - mais um - nas instituições. Outras derrotas virão. Quem sabe, contando a prisão do mito de pés de barro.