Bruna Alexandre entrou na história do esporte brasileiro ao ser a primeira atleta a participar de uma Olimpíada e de uma paralimpíada. Com poucos meses de vida, ela precisou amputar o braço direito e mesmo assim, fez carreira no tênis de mesa. É a terceira no ranking brasileiro, o que lhe permitiu disputar a Olimpíada.
Na Paralimpíada, estreou formando dupla com Paulo Salmin, contra os suecos Johnas Hansson e Anja Hande.
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O domínio foi total dos brasileiros. Eles chegaram a fazer 10/0 no primeiro set. E o saque era de Bruna, que poderia fechar com 11/0, o que, com certeza, lhe renderia uma repercussão muito grande.
Ela abriu mão de tudo e evitou a humilhação. Combinou rapidamente com o parceiro e com o treinador e errou o saque. Depois, o Brasil ganhou por 11/1, 11/4 e 11/8.
"Muitos atletas dão 11 a 0. Se quiser pode dar em mim 11 a 0, mas eu nunca gostei de vencer assim. Eu acho que não precisa tudo isso, né? Acho que o atleta está ali e está se esforçando. Eu não consigo. Falei pro Paulo Salmin e até mostrei o dedinho pro técnico. Falei: 'vou errar o saque'', disse ao site Olimpíada Todo Dia.
Não é a primeira vez que Bruna age assim:
"Tem gente que faz igual, mas tem gente que mete 11 a 0 mesmo e soca. Eu sempre faço isso. Tenho 22 anos de carreira e sempre erro o saque quando está 10 a 0", afirmou.