VAI MAL

Seleção pebolim desafia princípios brasileiros e é quarta força na América

Sem laterais agressivos, sem centroavante e sem meias habilidosos, Brasil patina na Copa América e terá agora jogo duro contra o invicto Uruguai

Vinícius Jr levou terceiro amarelo e não enfrenta o Uruguai.Créditos: Reprodução Twitter Vini Jr
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A seleção brasileira empatou com a Colômbia por 1 x 1, ficou em segundo lugar no grupo e agora vai enfrentar o Uruguai. Os colombianos, que ficaram em primeiro, jogarão contra o Panamá.

O Brasil voltou a mostrar opção tática que vai contra o estilo brasileiro. E fraqueza técnica em posições que eram referência.

1) O Brasil joga com pontas espetados porque não tem laterais que saibam fazer ultrapassagem - lembram de Carlos Alberto, Roberto Carlos e tantos outros - ou os laterais não fazem ultrapassagem porque os pontas estão espetados? 

Contra a Colômbia, foi assim. Vinícius Jr do Real não apareceu. Foi substituído por Vinícius Jr da seleção pebolim. Do outro lado, Raphinha. Depois, Savinho entrou na ponta e Vinícius foi para o meio. Nada de associações com Rodrygo. E aí, temos o segundo problema.

2) Falta centroavante. Não tem mais Romário, Ronaldo e nem Luis Fabiano ou Fred. Poderia ser Endrick, mas Dorival só o coloca no fim dos jogos. Sem centroavante, é preciso tabelas com Rodrygo , o falso nove. E não há porque os pontas estão espetados. Estão espetados porque não temos laterais de ultrapassagem, a não ser Arana, que é reserva? Há outra solução teórica, mas que não funciona na prática.

3) Sem centroavante, seria necessário a chegada dos meias, mas, apesar de esforçados, eles são fracos tecnicamente. João Gomes, o volante de marcação, o menos culpado, joga no Wolverhampton, 14° no campeonato inglês. Seus companheiros também são de times médios, como Lucas Paquetá, do West Ham, nono colocado e Bruno Guimarães, do Newcastle, sétimo colocado.

É um meio campo que não brilha e que em breve deve perder Paquetá, acusado de pertencer a esquema de apostas. 

João Gomes, Bruno Guimarães e Paquetá é tão fraco como Casemiro, Fred e Paquetá, da última Copa. Pode melhorar com Neymar, claro. Mas, como voltará Neymar?

O Brasil não tem Messi, De Paulo, Enzo Fernandes, Valverde, de la Cruz, Arrascaeta ou James Rodriguez.

Com tantos problemas e longe de seu estilo histórico, o Brasil hoje está atrás de Argentina, Uruguai e Colômbia. E, nas Eliminatórias, atrás também de Equador e Venezuela.

Duros tempos.