FIM DE LINNA

São Paulo e Carpini: abraço de afogados termina hoje

Uma união que nem deveria ter começado e que já deveria ter acabado, chega ao fim após três meses

Carpini dirige o São Paulo contra o Flamengo.Créditos: Reprodução Twitter São Paulo
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A relação entre São Paulo Futebol Clube e Thiago Carpini começou em janeiro, teve dois bons momentos, caiu na mediocridade e terá sua última valsa hoje, no Maracanã, quando o São Paulo visita o Flamengo. Será a última valsa de uma união que fez bem ao clube e também ao treinador.

Não era para dar certo, mas o clube, erradamente, apostou em uma fórmula que havia dado errado em 2019 com André Jardine e em 2021 com Fernando Diniz. O treinador, acertadamente, subiu no cavalo que passou encilhado e agora vai levar um coice bem dado.

O São Paulo foi campeão da Copa do Brasil. Um título que lhe era fugidio e teve como bônus o direito de participar da LIbertadores, um campeonato que venceu duas vezes com Telê Santana e outra com Paulo Autuori. E que chegou à final com Jose Poy em 74 e Muricy em 2006 e foi semifinalista com Paton Baua em 2016. Todos treinadores experimentados. Ao contrário dos vexames de 2019 com André Jardine e 2021 com Fernando Diniz, treinadores sem casca.

Tudo começou bem, com a quebra do tabu em Itaquera - São Paulo fez uma grande partida - e com a conquista da Supercopa, em jogo equilibrado contra o Palmeiras. Depois, veio uma série impressionantemente ruim. Nos últimos onze jogos, foram apenas três vitórias. E uma eliminação para o Novorizontino em casa, no Paulistão. 

Uma frase de Carpini no pós jogo mostrou que ele não tem noção do tamanho e da grandeza do clube que dirige. "Caímos de pé", afirmou. Ora, no Morumbi, com apoio de mais de 50 mil torcedores, o time perde não consegue se classificar e caiu de pé? Ali deveria ter sido a gota dágua, principalmente se lembrarmos da classificação agônica contra o Ituano, confirmado nos minutos finais, com o pênalti convertido por Lucas.

Carpini é o rei das platitudes, das frases feitas. Foi ele que disse o seguinte: "quanto mais vencemos, mais perto estamos da derrota, quanto mais perdemos, mais perto estamos da vitória", uma promessa medíocre que não consegue cumprir. 

A relação deveria haver terminado ao final do Paulista, mas o clube resolveu continuar apostando não se sabe bem em quê. Carpini teve 19 dias para treinar, apresentar algo de novo e o time voltou jogando mal contra o Talleres. Mudou o esquema e jogou mal contra o Cobresal. Não se vê como melhorar.

E se vencer o Flamengo hoje? Talvez Carpini ganhe um respliro, até a próxima derrota. Afinal, quem vence está perto de perder.