PONTO FRACO

Sem Endrick, ataque do favorito Palmeiras só assusta a própria torcida

Time é forte, vai disputar vários títulos, mas o poder do ataque é uma grande incógnita no início de ano

Endrick desfalca o Palmeiras no início do Paulista.Créditos: Reprodução Twitter Palmeiras
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Campeonato Paulista? Brasileiro? Copa do Brasil ou Libertadores? Não interessa. Seja qual for o campeonato o Palmeiras está entre os três mais cotados. É um dos favoritos. A renovação de Abel, técnico que comanda o time já há um bom tempo e que sabe todos os atalhos, é uma garantia. O elenco é equilibrado e mentalmente forte. 

Há um ponto fraco, porém. Os atacantes inscritos para o Paulista são Breno Lopes, Bruno Rodrigues, Rony e Flaco Lopez. Nada que entusiasme a torcida ou assuste os rivais. Bruno Rodrigues veio do Cruzeiro, é um ponta driblador e que ainda não se firmou totalmente. Tem, no currículo, passagem apagada pelo São Paulo em 2021. Flaco López é centroavante, fez alguns gols bonitos, mas também não é titular absoluto. Rony chegou até à seleção brasileira, o que demonstra apenas o momento cheio de dúvidas do futebol brasileiro. E Breno Lopez, autor de dois gols decisivos é apenas o autor de dois gols decisivos. Não é constante.

A solução pode vir da lista B, destinada aos jogadores da base. Ali está Endrick, craque, futuro do futebol brasileiro, mas que está disputando o Pré Olímpico. Quando voltar, pode ser a solução, mas por pouco tempo. Em  junho, embarca para a Espanha e o Real Madrid. E há Estevão, a nova revelação. Tem 16 anos e muitas sondagens da Europa. Ficará pouco por aqui, mas é arriscado jogar suas fichas em alguém com 16 anos. Basta lembrar que, com ele, o Palmeiras foi eliminado da Copinha pelo Aster, de Itaquaquecetuba. 

Há outras possibilidades. Pelo lado direito, Abel tem jogado com a dupla Marcos Rocha e Mayke. Rocha atrás, às vezes até como zagueiro em linha de três e Mayke bem adiantado, quase um ponta. A solução pode ser adotada também pelo lado esquerdo com o recém chegado Caio Paulista fazendo dupla com Piquerez. Pode dar certo, pode ajudar, mas é difícil acreditar que seja a solução para um problema que tem se prolongado.

A presidente Leila disse que o maior reforço é a manutenção de quem estava por lá. É um bom argumento. Tem dado certo, mesmo quando não há reposição, como foi com Danilo e Scarpa. Só agora, um ano depois, chegou Aníbal Moreno.E Dudu, contundido, só volta a jogar em junho. Também não houve reposição. 

 Mas vai continuar dando certo? Para um time multicampeão como o Palmeiras estar entre os três favoritos e não ser campeão é muito rui, fica um gosto de fracasso e decepção no ar.