A sorte está lançada.
O São Paulo disputará a Libertadores com um treinador que nunca dirigiu um jogo sequer na Série A do Brasileiro. O Flamengo terá Tite, o Galo, Felipão e o Palmeiras, Abel Ferreira. O Fluminense vai com Fernando Diniz e o Grêmio, com Renato Gaúcho.
Thiago Carpini, escolhido para substituir Dorival Jr, tem 39 anos e um currículo mínimo. Suas maiores conquistas foram os vices campeonatos do Paulista, com o Água Santa, e da Série B, com o Juventude, ambos no ano passado.
Pode dar certo? Pode. Cilinho, campeão paulista em 1985, tinha uma carreira com passagem por vários clubes e nenhum título. Montou os Menudos, com Muller, Silas e Sidney.
Pode dar errado? Pode. Doriva tinha três anos de carreira, havia sido campeão paulista com o Ituano e carioca com o Vasco. Chegou ao São Paulo em 2015 e durou sete jogos.
Carpini, no Água Santa e Juventude, montou times com marcação forte e transição rápida. É o que dava pra fazer. No São Paulo, precisa ter mais posse de bola, é um estilo que vem desde Crespo, passando por Ceni e Dorival.
Outra característica notada é a importância do "10", Luan Dias e Nenê. Boa notícia para James Rodriguez, que não rendeu com Dorival.
O São Paulo tem um bom elenco. Tem James e Lucas, jogadores de alto nível, que poucos têm. É um bom material para Carpini trabalhar. E logo tem um título a ser disputado com o Palmeiras.
Falam que os jogadores vão apoiar Carpini, que o clube vai respaldar, mas tudo isso é besteira. O tempo de Água Santa passou, agora é pressão. No ano passado, perdeu a final para o Palmeiras por 4 x 0 e foi elogiado. Se acontecer de novo, será demitido.
Ou vocês acham que Dorival teria continuado se perdesse a Copa do Brasil, como perdeu a Sul-americana. Ainda por cima, tendo ido mal no Brasileirão?