O QUE VAI ACONTECER?

Afinal, o Nubank vai acabar após mudanças propostas pelo BC

Banco Central abriu consulta pública que pode resultar numa restrição para empresas que se dizem “bancos”. Entenda a história e o que a instituição financeira disse sobre o assunto

Escrito en ECONOMIA el

Muito popular entre os brasileiros, o Nubank está no centro de uma controvérsia após o Banco Central abrir consulta pública para discutir uma nova norma que restringe o uso de termos como “bank” e “banco” no nome de instituições financeiras. A proposta prevê que apenas empresas com autorização formal para operar como bancos poderão manter esse tipo de denominação — o que não é o caso do Nubank, hoje enquadrado como instituição de pagamento.

Se aprovada, a medida obrigaria o Nubank a escolher entre retirar o termo “bank” da marca ou se transformar, formalmente, em um banco. Isso implicaria cumprir exigências como a abertura de agências físicas, entre outros requisitos regulatórios.

Em nota, o Nubank declarou que está acompanhando o debate com atenção e confia que qualquer mudança será discutida amplamente e com tempo hábil para adaptação. A fintech reiterou que possui todas as licenças necessárias para operar os serviços que oferece atualmente.

Disputa entre bancos tradicionais e digitais

A proposta surge em meio a pressões de grandes bancos tradicionais, que perderam espaço para as plataformas digitais nos últimos anos. Em 2024, o Nubank superou o Itaú em número de clientes e se tornou a terceira maior instituição financeira do país por esse critério, atrás apenas da Caixa Econômica Federal e do Bradesco.

Segundo dados do próprio Banco Central, o Nubank contava com 100,77 milhões de clientes no quarto trimestre do ano passado, ultrapassando os 98,5 milhões do Itaú. O ranking ainda mostra Banco do Brasil, Santander, PicPay e Mercado Pago na sequência.

A consulta pública sobre o novo regulamento vai até 31 de maio e está aberta à participação de qualquer cidadão interessado. Mais de 400 contribuições já foram registradas, revelando opiniões divididas entre apoio à padronização e críticas ao impacto para as fintechs.

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