OMISSO

Racismo de argentinos contra Rodrygo não sensibiliza Messi. Bico calado

O capitão argentino, cada vez mais amado no mundo, não se posiciona contra uma chaga social que atinge a humanidade

Messi, campeão do mundo e capitão da Argentina.Créditos: Reprodução Twitter/LM10
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Diego Armando Maradona apareceu para o Mundo na Copa de 1982, na Espanha. Lionel Andrés Messi, em 2006, na Alemanha. Em um período de 25 anos, os argentinos tiveram  um melhor jogador do mundo para chamar de seu. E chamaram de melhor jogador do mundo de todos os tempos.

Mas, qual é o melhor? Qual o mais amado?

A primeira pergunta sempre ocasionou discussões acaloradas, mas a segunda, não. Maradona sempre esteve no coração dos argentinos de uma maneira muito mais firme que Messi. E não falamos de futebol, mas de seu estilo como capitão. Sempre foi o dono do time, para o bem ou para o mal, desde que ganhou o duelo com Passarella, capitão no mundial de 1978.

Messi, não. Ele era capitão, mas quem mandava era Mascherano. Messi tinha o posto por um tipo de agradecimento e reconhecimento á sua genialidade.

As coisas mudaram. Ele foi se tornando mais presente, mais participativo e, depois de vencer a Copa do Catar, passou a igualar Maradona, que tinha o título de 1986. Messi toma atitudes de capitão. Foi assim contra o Brasil. Revoltado com as agressões que seus compatriotas sofriam por parte da polícia brasileira, levou os jogadores até o vestiário. Foi confrontado, de maneira errada por Rodrygo, que o chamou de cagão. Houvesse solidariedade, os brasileiros deveriam ter saído juntos, mas, não. Houve, então, uma dura discussão entre Rodrygo e Messi, que disse "como posso ser cagão, se sou campeão do mundo"?

Bastou a discussão para que as redes sociais de Rodrygo fossem inundadas de ofensas rasteiras, de baixíssimo nível. Ofensas racistas vindas de torcedores argentinos.

E, como acho que os brasileiros deveriam ter se solidarizado com os argentinos que viam seus compatriotas massacrados no Maracanã, fica claro que os jogadores argentinos deveriam se solidarizar com Rodrygo. Pelo menos Messi, o capitão. Uma frase dele seria muito boa para quem luta contra a chaga social chamada racismo.

Mas seria esperar muito de Messi. Ele não faria agora o que nunca fez na vida. Continua sendo omisso na luta contra o racismo, algo que ofende o ser humano e que está se espalhando no esporte que ele pratica e domina. 

Messi é bom de bola. É gênio. 

Maradona faria mais. 

 

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