Fernando Diniz assumiu a seleção - enquanto Ancelotti não vem - e ficou no ar a promessa de que uma brilhante feira de invenções chegaria para deleite do povo brasileiro. Passados três jogos, temos um museu empoeirado de velhas novidades. Alguns jogadores novos, aproximação, posse de bola e o time continua jogando mal. Novidade mesmo foi empatar com a Venezuela o que não acontecia, em Eliminatórias, desde 2009.
Até as desculpas são as mesmas. Casemiro disse que é difícil enfrentar quem não quer jogar, apenas se defender. Charles Muller, em algum momento, deve ter falado algo semelhante. Diniz disse que o time jogou bem e que poderia ter feito o segundo, terceiro e quarto gols, mas que houve problemas na finalização.
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E aí é que temos um problema. Grave. O Brasil usou três centroavantes no jogo. Mateus Cunha tem 39 gols na carreira, em 184 jogos. Estava no Atlético de Madrid e fracassou miseravelmente, com sete gols em 54 jogos. Muito pouco. Outro que entrou em campo foi Gabriel Jesus. Participou de duas Copas e não fez um mísero gol. Tem bons números pela seleção, mas há tempos não rende. O City abriu mão. E jogou Richarlison, o mais constante entre eles, mas que vive um jejum de seis jogos.
Assim, é difícil marcar mesmo. E a culpa nem é de Diniz. As opções sugeridas são Tiquinho Soares, já com mais de 30 anos, Endrick, a quem Abel Ferreira deveria ter dado mais chances e Vitor Roque, contundido. Um veterano e duas crianças. Quem mais? German Cano? Opa, não é nosso. Marcos Leonardo pode ser. E pode não ser também.
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Vamos lembrar alguns nomes. Ricardo Oliveira, Amoroso, Eber e Sonny Anderson. Todos bons. Nenhum construiu carreira na seleção. Hoje, poderiam ser a solução.
Fred, Luis Fabiano e Adriano, que tiveram bons momentos na seleção, mas não estão entre os dez mais. Todos solucionariam os problemas de finalização.
E, em prateleiras mais altas, Careca, Bebeto, Romário, Ronaldo Fenômeno, sem lembrar de priscas eras com Vavá, Ademir e Leônidas da Silva.
A verdade é que o Brasil não tem mais centroavante. É preciso resolver este assunto rapidamente.
A solução, cada vez menos, passa por Neymar mais dez. O craque não resolveu nas três últimas Copas e não vai resolver agora. Voltou a simular pênaltis. Voltou a mostrar um nervosismo impressionante. Parecia louco para levar um amarelo e ir conhecer a filha em vez de enfrentar a Celeste de Bielsa.