Richard Henrique Julião, de 21 anos, motorista do Porsche Cayman que agrediu um idoso de 78 anos em Praia Grande, na noite da última quarta-feira (12), tem um histórico de violência contra idosos. Ele já foi acusado de destruir objetos da casa da própria avó, na Zona Leste de São Paulo.
Segundo informações do Santa Portal, de Santos, a Justiça chegou até mesmo a decretar medidas protetivas para que ele se mantivesse afastado da avó a uma distância mínima de 100 metros.
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Idalina da Silva, de 79 anos, registrou boletim de ocorrência de “dano” na Delegacia de Proteção ao Idoso, subordinada à 7ª Seccional da Capital, contra o neto, no dia 23 de agosto de 2022.
O fato ocorreu na véspera, segundo ela. Richard chegou na casa da avó com a namorada grávida e pediu parar morar no local. Diante da negativa, ele destruiu móveis, portas, janelas, espelho, forno micro-ondas e televisor. Segundo a avó, até o vaso sanitário foi danificado.
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Ele fugiu, assim como fez no caso recente da Praia Grande, antes da chegada da Polícia Militar (PM). Idalina contou ainda que está não foi a primeira vez que o neto lhe deu trabalho. Em março de 2022 ela conseguiu medidas protetivas contra ele, mas depois pediu a revogação, segundo ela, para lhe dar uma nova chance.
Relembre o caso
O aposentado Argemiro Soares da Silva relatou que o ataque aconteceu depois que ele pediu ao agressor para que parasse de acelerar o carro, pois fazia muito barulho e incomodava os moradores. Um deles registrou as imagens.
O motorista do carro de luxo não parava de acelerar na Avenida Presidente Castelo Branco, no bairro Aviação, na noite desta quarta-feira (12), o que causava transtornos aos moradores do prédio em frente ao local onde o carro estava estacionado.
Argemiro se aproximou do motorista. “Ele (agressor) falou que com mendigo não queria conversa. Jogou um chinelo em mim para eu colocar no pé”, relatou a vítima, em entrevista ao G1.
O motorista, então, partiu para cima do idoso e desferiu vários socos contra o aposentado, que caiu na calçada e continuou sendo espancado. Ele tentou levantar, mas foi derrubado de novo.
O boletim de ocorrência (BO) aponta que, depois da segunda queda, a vítima foi atingida com um forte chute na cabeça e perdeu a consciência.
Não é dono do veículo
Richard não é o proprietário do carro de luxo e fugiu com o veículo para São Paulo, após ter prisão temporária decretada pela Justiça. O Porsche está no nome de um empresário de Minas Gerais. O nome do motorista não foi divulgado.
De acordo com reportagem de A Tribuna, de Santos, no dia 3 de janeiro deste ano, o carro foi apreendido por estar estacionado irregularmente sobre uma faixa de pedestres, na mesma avenida onde foi registrada a agressão contra o aposentado.
A Guarda Civil Municipal (GCM) informou que, no momento em que os agentes levantavam informações sobre o veículo, um homem, com sinais de embriaguez, se aproximou e começou a desacatar os oficiais com ofensas e ameaças. Além disso, se negou a retirar o carro do lugar estacionado de forma irregular.
Diante do comportamento do homem, o Porsche foi apreendido, levado para o Pátio Municipal e, em seguida, liberado. Ele foi detido e encaminhado à Central de Polícia Judiciária (CPJ).
Pois foi o motorista do mesmo Porsche que espancou o aposentado na frente de um prédio do bairro Aviação, depois que ele e outros vizinhos pediram para que o agressor parasse de acelerar o carro para não incomodar a vizinhança com o barulho.
O boletim de ocorrência (BO) aponta que a moradora que gravou a brutal agressão contou que o problema não é novo e que faz alguns dias que o motorista chega ao prédio acelerando o carro para incomodar os vizinhos.
Ainda conforme depoimento da mulher, ela começou a filmar com o objetivo de identificar a placa do veículo. O motorista do Porsche estava hospedado em um dos apartamentos do edifício.