Fechamos 2024 com democracia intacta e diálogo entre instituições – Por Alexandre Padilha

O governo Lula, ao longo do ano, trabalhou com o Congresso para obter aprovações que mudam a vida dos brasileiros

Lula manteve diálogo com o Congresso.O presidente ladeado por Arthur Lira e Rodrigo PachecoCréditos: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Escrito en SP el

Em tempos de crise ou prosperidade, a boa relação entre os poderes é fundamental para que o Brasil continue avançando. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva mostrou em 2024, mais uma vez, que é possível manter a governabilidade respeitando as atribuições e o papel de cada poder republicano.

Em um cenário em que discursos extremistas, muitas vezes, ganham destaque na imprensa e engajamento em redes sociais, a postura do governo federal em defesa do diálogo e da cooperação institucional é um alento e um exemplo a ser seguido.

Pudemos testemunhar, ao longo deste ano, um Poder Executivo que manteve um canal aberto com o Congresso Nacional, defendendo reformas importantes sem abrir mão da negociação com os parlamentares. Colocando o diálogo com o Legislativo não apenas como um mero formalismo, mas como um imperativo para implementação de políticas públicas de forma eficiente e legítima.

A tão aguardada Reforma Tributária, após promulgação de emenda constitucional em 2023, teve sua regulamentação aprovada no Congresso Nacional nesta semana. Trata-se de um verdadeiro marco no país, já que é a primeira vez que uma Reforma Tributária, aguardada há décadas, que envolve tantos interesses diversos, é aprovada durante um período democrático.

Assim como a Reforma Tributária, o avanço em outras pautas prioritárias junto às mais diversas lideranças e espectros políticos foi um diferencial. Seja no Congresso Nacional, na interlocução com estados e municípios ou ao dialogar com a sociedade civil, por meio do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o Conselhão, a premissa tão pontuada pelo presidente Lula de que é necessário unir os divergentes contra os antagônicos foi a tônica deste governo.

Nesses dois anos de governo, da agenda estratégica ‘União e Reconstrução’, que contém propostas prioritárias para o governo, foram aprovados 46 projetos essenciais para o país, quase dois projetos por mês ao longo de dois anos: 18 deles em 2023 e 28 em 2024.

Comparando com governos anteriores, este é o governo com a maior taxa de aprovação de projetos de lei de iniciativa do Executivo desde a redemocratização.

Alguns destaques são importantes. A aprovação do Acredita, que tem ampliado a oferta de crédito no país e atende aos mais diversos portes de empresários que querem investir em seus negócios. O Pé de Meia, que estabeleceu um mecanismo fundamental para reduzir a evasão escolar no ensino médio.

Na agenda verde, as ações e projetos de lei reforçaram a perspectiva do desenvolvimento sustentável como um vetor que congrega efeitos positivos nos campos econômicos, sociais e ambientais. São exemplos claros a regulamentação do mercado de carbono, do hidrogênio verde, do combustível do futuro (SAF) e do programa MOVER.

Em 2025, vamos continuar trabalhando juntos para darmos continuidade aos avanços por meio do diálogo e do respeito às instituições democráticas. Sempre priorizando pautas de projetos que consolidam programas de proteção social a quem mais precisa, esse é a principal missão do presidente Lula.

*Alexandre Padilha é médico, professor universitário, ministro das Relações Institucionais da Presidência da República e deputado federal licenciado (PT-SP). Foi ministro da Coordenação Política no primeiro governo Lula, da Saúde no governo Dilma e Secretário da Saúde na gestão Fernando Haddad na cidade de SP.

**Este artigo não reflete, necessariamente, a opinião da Fórum.

Reporte Error
Comunicar erro Encontrou um erro na matéria? Ajude-nos a melhorar