SAÚDE

Julio Iglesias: o que é osteoblastoma vertebral, problema de saúde que acomete cantor

Artista de 81 anos foi diagnosticado com um tumor ósseo benigno na lombar; entenda

Julio Iglesias.Créditos: Wikimedia Commons / White House Photographic Office
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Neste fim de semana, foi revelado que Julio Iglesias enfrenta um problema de saúde: um osteoblastoma vertebral, condição que afeta a mobilidade. O cantor se pronunciou sobre sua saúde em outubro de 2024, um tema que sempre tratou com discrição.

 “Acordei com a notícia falsa de que estou me aposentando. Nos últimos anos, me mataram várias vezes, disseram que tenho Alzheimer, disseram tudo, e hoje foram além. Um jornalista, não sei onde, diz que um amigo disse a ele que não posso e não quero mais cantar. É incrível o mal que um mau jornalista pode fazer”, escreveu em um post em sua conta do Instagram. E completou: “No dia em que me aposentar, eu o anunciarei pessoalmente com pesar, mas com dignidade.”

Segundo informações da Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos, o osteoblastoma é um tumor benigno raro que forma tecido ósseo, representando cerca de 1% dos tumores ósseos primários. Embora geralmente apareça na parte inferior da coluna e no sacro, como no caso de Julio Iglesias, ele também pode afetar a mandíbula e os ossos longos.

O osteoblastoma, embora benigno, pode causar danos severos ao osso, invadindo tecidos moles e se estendendo para a região epidural. Seu comportamento é frequentemente agressivo, com recorrências extensas e difíceis de controlar. Há registros de casos em que evoluiu para um tumor maligno ou gerou metástases.

Neoplasias desse tipo costumam se desenvolver lentamente e, muitas vezes, não apresentam sintomas evidentes. Na maioria dos casos, os pacientes são diagnosticados incidentalmente por meio de exames de imagem realizados para investigar outras condições. Alguns podem relatar dor localizada e persistente, além de inchaço nos tecidos moles. Devido à natureza branda dos sintomas, o diagnóstico pode ser adiado — um estudo aponta que os sintomas podem persistir por até seis meses antes que o paciente busque atendimento médico.

A abordagem primária para essa doença é cirúrgica. O procedimento pode envolver a ressecção em bloco, que consiste na remoção completa do tumor sem afetar sua cápsula, ou a curetagem, técnica que utiliza instrumentos específicos para retirar o tecido tumoral ósseo. A escolha do método depende da localização do tumor, das condições clínicas do paciente e da possibilidade de malignidade.

Apesar da agressividade do osteoblastoma, o prognóstico costuma ser positivo, pois a maioria dos pacientes alcança a cura após a primeira cirurgia. No entanto, há risco de recorrência local, com taxas que variam entre 15% e 25%.

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