Uma doença desconhecida e misteriosa, responsável pela morte de 53 pessoas até o momento na República Democrática do Congo, na África, preocupa especialistas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para a letalidade da doença, uma vez que a maioria das mortes ocorre somente 48 horas depois do começo dos sintomas. A OMS classificou o surto como “uma ameaça significativa à saúde pública”.
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De acordo com o escritório da OMS na África, ao menos 431 casos de pessoas sofrendo de febre, vômito, diarreia, dores musculares, dores de cabeça e fadiga foram registrados desde janeiro.
A doença parece ter surgido em duas aldeias na província de Équateur e registra taxa de mortalidade de 12,3%, conforme informou a OMS.
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Os investigadores concluíram que a origem do surto foi em Boloko Village, local em que três crianças menores de 5 anos morreram depois de, supostamente, comerem uma carcaça de morcego.
Além dos outros sinais chamados de padrão da doença, as três crianças sofreram com sintomas similares aos de uma febre hemorrágica, com sangramento pelo nariz e vômito de sangue, pouco antes de morrerem.
Após as três mortes iniciais, mais quatro crianças da mesma vila, entre 5 e 18 anos, morreram. Até o dia 27 de janeiro foram registrados dez casos e sete mortes em Vila Boloko, além de dois casos e uma morte na Vila Danda.
Em um período pouco maior do que uma semana, um segundo surto da doença misteriosa foi relatado a autoridades de saúde em Vila de Bomate.
Intervenção imediata de alto nível
No mês de fevereiro, os investigadores da OMS identificaram 419 casos do vírus, com 45 mortes. Eles encaminharam para testes amostras de 18 casos ao Instituto Nacional de Pesquisa Biomédica na capital do Congo, Kinshasa. Porém, todas as amostras deram negativo para doenças comuns de febre hemorrágica, como Ebola e Marburg.
“Mais testes laboratoriais são essenciais para identificar o patógeno causador”, destacou o relatório da OMS.
As autoridades de saúde ressaltaram que a localização remota dos dois surtos, combinada à “fraca infraestrutura de assistência médica do país, aumenta o risco de maior disseminação, exigindo intervenção imediata de alto nível para conter o surto”.
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