Uma pesquisa realizada pela Universidade de Iowa aponta que se exercitar de uma forma entre moderada e vigorosa por pelo menos 150 minutos semanais, pouco menos de 22 minutos diários, pode reduzir o risco de desenvolver pelo menos 19 condições crônicas, incluindo doenças cardiovasculares, câncer, doenças respiratórias e diabetes.
O estudo "A triagem de pacientes para inatividade física ajuda a identificar pacientes em risco de doenças cardiometabólicas e crônicas", liderado pelo professor associado do Departamento de Saúde e Fisiologia Humana Lucas Carr, examinou as respostas de mais de 7 mil pacientes do Centro Médico de Saúde da Universidade de Iowa que relataram seu nível de atividade física em um questionário.
Os resultados apontam ainda que pacientes menos ativos, que relataram pouco ou nenhum exercício em uma determinada semana, correm maior risco de desenvolver uma doença crônica.
"A inatividade física é um importante fator de risco à saúde para múltiplas doenças crônicas e morte precoce. Apesar das evidências que apoiam intervenções de aconselhamento comportamental sobre dieta e atividade física, a inatividade física raramente é medida ou gerenciada na atenção primária. Existe uma necessidade de explorar e demonstrar completamente o valor da triagem de pacientes para inatividade física", diz o estudo.
Pouca informação sobre os hábitos dos pacientes
A maioria dos hospitais nos Estados Unidos, segundo os pesquisadores, não pergunta aos pacientes sobre a prática de exercícios físicos. Eles recomendam que os sistemas de saúde forneçam informações sobre serviços de bem-estar para pacientes fisicamente inativos que correm maior risco de desenvolver doenças.
"Essas descobertas reforçam ainda mais as recomendações existentes de que pacientes inativos recebam ou sejam encaminhados para programas de aconselhamento comportamental de estilo de vida baseados em evidências", pontua o relatório.