As redes de saúde pública e privada do Distrito Federal (DF) entraram em colapso com a explosão de casos de dengue, segundo o governador Ibaneis Rocha (MDB) em coletiva de imprensa.
“Os hospitais tanto da rede pública como da privada do DF já entraram em colapso. Nós estamos vivendo uma crise muito grande. Com foco em reduzir esses impactos, nós publicamos ontem (21) um decreto ampliando o atendimento nas unidades básicas de saúde e das tendas de hidratação. O momento é grave, mas nós ainda não chegamos no pico da epidemia. O que nós queremos agora é acolher a população da melhor maneira possível”, declarou Ibaneis.
O Distrito Federal está em situação de emergência desde 25 de janeiro e já soma 81.408 casos classificados como prováveis, contabilizados até 17 de fevereiro. O número representa um aumento de 1.351,4% em relação ao mesmo período do ano passado.
Além disso, já foram 38 mortes contabilizadas pela Secretaria de Saúde e o DF lidera o ranking no país. A situação, porém, deve ser ainda pior, já que o pico de casos normalmente acontece nos meses de março, maio e abril.
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Reforço no atendimento
Nesta quarta-feira (21), o governo do DF anunciou a contratação de 741 profissionais de saúde para reforçar o atendimento à população: 200 médicos temporários, 180 técnicos de enfermagem, 156 enfermeiros, 115 agentes comunitários de saúde e 90 médicos especialistas.
Além disso, a Secretaria de Saúde também pediu a instalação de mais 11 tendas de hidratação e atendimento a pacientes com dengue, que se somarão às nove já em funcionamento.
Vacina contra a dengue
O Brasil iniciou a vacinação contra a dengue no dia 9 de fevereiro pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O Distrito Federal foi o primeiro local a receber o imunizante, cerca de 71 mil doses, que estão sendo distribuídos para a população de 10 a 11 anos.
A previsão é de que até a primeira quinzena de março todas as crianças nessa faixa etária residentes dos 521 municípios estejam imunizadas, segundo o diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Eder Gatti.