A Colômbia e alguns países europeus estão em alerta com o “Tusi”, uma nova droga popularmente apelidada de “cocaína rosa”. Na Espanha, por exemplo, um adolescente de 14 anos chegou a falecer na última semana após ingerir uma lata da droga, tomada como se fosse um energético.
O nome “Tusi” é uma derivação de “tusibi” que, por sua vez, vem do inglês “two cee bee”. A expressão é uma forma de referir à substância alucinógena 2C-B, que foi sintetizada pela primeira vez nos anos 70 nos EUA e está proibida em todo o mundo desde 2001. Já o apelido “cocaína rosa” se deve ao fato que a substância é geralmente vendida como um pó rosa e suas embalagens [foto] lembram as usadas no comércio ilegal de cocaína. Também pode ser encontrada no formato de comprimidos.
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No entanto, as semelhanças com o ‘pó branco’ param por aí. As substâncias em nada se assemelham. A cocaína rosa mistura a ketamina – substância utilizada como anestésico e famosa por aliviar dores e proporcionar um estado de transe – com estimulantes que podem ir desde cafeína até o MDMA, um análogo de anfetamina que proporciona efeitos alucinógenos. Já a cor rosa ocorre por conta da adição de adoçantes – o consumo é feito, geralmente, misturando o pó a algum líquido ou inalando diretamente, como a cocaína.
Resumindo a ópera, a ‘cocaína rosa’ é um verdadeiro “coquetel de drogas” que conta com substâncias que provocam diferentes efeitos ao organismo humano: estimulantes, relaxantes e psicodélicos. A depender da forma como essas substâncias forem combinadas na sua produção os efeitos correspondentes podem variar. Segundo apuração do Uol, a droga ainda pode conter, de forma não declarada, opioides, benzodiazepínicos e até fentanil. Se misturada com álcool pode ser letal.
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De acordo com dados da Energy Control, uma organização internacional que pauta a redução de danos no uso de drogas, nos casos de uso abusivo da substância, o usuário pode apresentar psicose por entoxicação e neurotoxicidade, podendo afetar a atenção e a memória do usuário.
Um grama de ‘tusi’ tem sido vendido na Espanha por valores que variam de 80 a 100 euros conforme apurado pelo jornal El País. O valor corresponde a aproximadamente R$ 500 e está, no mercado espanhol, cerca de 25% mais caro que a cocaína.
O menino morto na Espanha
Ryan, um adolescente de 14 anos de Getafe, distrito próximo a Madri, morreu na última sexta-feira (16) após consumir 2 gramas da substância misturados a uma lata de energético. A imprensa local diz que há uma desconfiança de que outros garotos teriam colocado a substância no copo da vítima sem que tivesse percebido.
Minutos depois de beber a substância de frente para uma estação de metrô, o adolescente teria desmaiado e sofrido uma parada cardiorrespiratória. Ele foi atendido por paramédicos mas não resistiu. A família denunciou o caso à polícia e apresentou um vídeo que chegou a ser publicado na internet mas já foi retirado, em que jovens declaram que a vítima teria recebido a droga dentro de uma bebida. A polícia agora investiga o caso.