CUIDADOS COM A SAÚDE

Veja quais alimentos podem aumentar risco de câncer e diabetes

A busca por uma alimentação equilibrada exige atenção aos rótulos. Saiba como identificar ingredientes prejudiciais e proteja-se contra os malefícios dos ultraprocessados

Créditos: Pixabay/Engin_Akyurt
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Em meio à correria do dia a dia, muitas pessoas recorrem a salgadinhos, biscoitos e guloseimas como opções rápidas para um lanchinho. Entretanto, estes alimentos, aparentemente inofensivos, têm sido apontados como verdadeiros inimigos da saúde e bem-estar, segundo estudos e alertas de especialistas.

A relação entre uma dieta rica em alimentos ultraprocessados e problemas de saúde, como síndrome metabólica, diabetes tipo 2 e diversos tipos de câncer, tem sido cada vez mais evidente. Diferentes pesquisas destacam o aumento dos riscos de câncer colorretal, mama, próstata, pâncreas, leucemia linfocítica crônica e tumores do sistema nervoso central associados ao consumo desses produtos.

A definição da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) esclarece que os ultraprocessados são produtos concebidos a partir de uma série de técnicas e processos industriais, incluindo refino, aquecimento e hidrogenação. Em sua composição, destacam-se altos teores de açúcar, sal, óleos, gorduras e outras substâncias pouco benéficas à saúde, agindo quase como uma "fórmula da felicidade" ao ativar os receptores de recompensa no cérebro.

Os alimentos ultraprocessados são conhecidos por sua capacidade viciante, proporcionando uma sensação de prazer que torna difícil resistir a seu consumo frequente. Identificar esses produtos na prateleira do supermercado pode ser feito verificando a lista de ingredientes na tabela nutricional. Itens como maltodextrina e adoçantes artificiais são indicativos de ultraprocessados.

A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é clara: o consumo desses produtos deve ser ocasional, não fazendo parte da rotina alimentar. Limitar o consumo de embutidos a até 500g por semana, incluindo presunto, peito de peru, linguiça, salsicha e bacon, é uma diretriz importante. Além disso, alimentos como macarrão instantâneo, salgadinhos, refrigerantes e congelados como lasanhas e pizzas devem ser consumidos com moderação.

A nutricionista Thaiz Brito, colunista do Metrópoles, alerta para os riscos desses produtos. "Diversos desses alimentos já ultrapassam o limite de açúcar diário e também contam com alto teor de sódio e gordura, elevando o potencial do risco de doenças". Ela sugere uma reeducação alimentar, enfocando alimentos in natura e minimamente processados.

A especialista destaca a importância de condicionar o paladar a alimentos ricos em nutrientes, minimizando o consumo de aditivos químicos. Alimentos como pão integral, arroz, feijão, cereais integrais (como aveia, chia e linhaça), iogurtes naturais, vegetais, frutas, e fontes de proteína animal como frango, peixe, ovos e castanhas são recomendados para uma vida mais saudável.

Em meio a essa conscientização, a busca por uma alimentação equilibrada e consciente torna-se crucial para preservar a saúde a longo prazo, afastando os riscos associados aos produtos ultraprocessados que, apesar de sua praticidade, podem se tornar verdadeiros vilões na dieta cotidiana.

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