As bebidas energéticas, conhecidos por suas promessas de aumentar a energia e a resistência, estão cada vez mais populares entre os jovens e até entre os mais velhos.
Red Bull, Monster, TNT e Flying Horse são alguns dos energéticos populares frequentemente consumidos em ambiente de trabalho, lazer e até misturados com bebida alcoólica nas famosas receitas de "copão".
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Porém, nem tudo são flores: por trás das latas coloridas e das promessas estimulantes, há uma série de preocupações significativas relacionadas à saúde que merecem atenção. O consumo excessivo e frequente de energéticos tem sido associado a diversos males que podem afetar negativamente o bem-estar físico e mental, em especial entre os mais jovens.
1. Alto teor de cafeína
Uma das principais preocupações em relação aos energéticos é o seu alto teor de cafeína. Embora a cafeína seja conhecida por seus efeitos estimulantes, o consumo excessivo pode levar a efeitos colaterais indesejados.
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Uma pesquisa feita com jovens do Reino Unido mostrou que menores de idade tem acesso facilitado à bebida, que garante doses de até 200mg de cafeína por lata, valor que supera e muito os 80mg presentes usualmente em uma xícara de café.
Além do vício em cafeína durante a juventude, o abuso de cafeína pode gerar problemas como insônia, nervosismo, ansiedade e palpitações cardíacas
.Além disso, a cafeína presente nesses produtos pode também levar a um ciclo vicioso, onde o corpo se torna tolerante, exigindo doses cada vez maiores para alcançar os mesmos efeitos, o que pode aumentar os riscos à saúde.
2. Níveis altos de açúcar
Apesar de muitos energéticos sem açúcar serem encontrados no mercado hoje em dia, boa parte deles contêm altas concentrações de açúcares e outros estimulantes, como a taurina.
O consumo excessivo de açúcar está associado a uma série de problemas de saúde, incluindo obesidade, diabetes tipo 2 e problemas dentários.
A combinação de cafeína, açúcares e outros aditivos pode criar uma mistura potencialmente prejudicial para o organismo, aumentando os riscos de problemas cardiovasculares e metabólicos.
3. Mistura com álcool
Em qualquer balada brasileira, você vai encontrar o energético sendo vendido com álcool - usualmente, whisky ou vodka - e sendo consumido pela juventude.
O álcool é um neurodepressor e muitos usam o energético para manter o pique durante as festas, virando a noite tomando a bebida. O comportamento pode levar a um maior consumo de álcool e de energético, aumentando a chance de abuso.
A comunidade médica tem expressado crescente preocupação com o aumento dos casos de intoxicação por energéticos, particularmente entre adolescentes e jovens adultos.
4. Distúrbios do sono
Além dos efeitos físicos, os energéticos também podem impactar a saúde mental. O consumo excessivo de cafeína pode contribuir para distúrbios do sono, ansiedade e irritabilidade.
Em alguns casos, o consumo regular de energéticos tem sido associado a problemas de saúde mental mais sérios, como transtornos de ansiedade e depressão.
A busca constante por uma energia artificial e instantânea pode criar um ciclo prejudicial para a saúde mental, levando a uma dependência dessas substâncias para lidar com o estresse diário.
5. Problemas cardíacos e até morte
Um levantamento de dados feito pelo Centre for Disease Control, o centro de controle de doenças dos EUA, mostrou que diversas mortes estão associadas ao uso de energético de forma descontrolado.
De acordo com um relatório usado na pesquisa, o número de emergências médicas associadas a bebidas energéticas chegou a 20 mil nos EUA em 2011.
O Centro para a Ciência no Interesse Público relata 34 mortes relacionadas ao consumo de bebidas energéticas até 2011. Uma análise dos dados de controle de intoxicações de 5.156 relatórios sugere que os efeitos adversos cardíacos e neurológicos estão entre os mais comuns e que não há medição adequada para os casos nos EUA.