O Governo de São Paulo decretou, nesta terça-feira (15), estado de emergência zoossanitária por conta do aumento de casos da gripe aviária (H5N1) no estado. A medida passa a valer imediatamente e terá duração prevista de 180 dias.
SP segue a toada de outros oito estados, que, em menos de dez dias, também declararam estado de emergência. Santa Catarina foi o primeiro, no dia 20 de julho. Depois vieram Espírito do Santo, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Bahia, Sergipe, Paraná e, por último, o Rio Grande do Sul, no dia 28.
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Esses estados seguem a recomendação do Governo Federal para acessar recursos municipais, estaduais ou federais de origem governamental ou privada para combater a disseminação da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), o tipo mais perigoso da gripe aviária. No dia 22 de maio, o Ministério da Agricultura já havia decretado estado de emergência em todo o país por conta da doença, também com duração de 180 dias.
Em nota, o Governo de São Paulo explicou que a medida visa “reduzir a burocracia nas ações de prevenção e controle da doença" e disse que são 13 casos confirmados em oito municípios do estado.
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A Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), reforçou que o consumo de aves e ovos não transmite a doença, mas aves doentes ou mortas não devem ser manipuladas sem a utilização de equipamento de proteção. Em caso de suspeita, a CDA deve ser acionada.
Evolução da gripe aviária no Brasil
Em 15 de maio foi identificado o primeiro caso da IAAP no Brasil, em uma ave silvestre. Desde então, já são 79 casos confirmados no total, sendo 77 em aves silvestres e dois em aves de subsistência, isto é, aquelas produzidas pelo produtor familiar para consumo próprio.
De acordo com o Ministério da Agricultura, a influenza aviária é uma doença viral altamente contagiosa que afeta várias espécies de aves domésticas e silvestres e, ocasionalmente, mamíferos como ratos, gatos, cães, cavalos, suínos e até o homem. A pasta esclarece que a detecção da doença em aves silvestres não compromete a condição do Brasil como país livre de IAAP para o comércio.
No site do Ministério da Agricultura estão notificados até agora dez casos em SP, 29 no ES, 16 no RJ, nove em SC, quatro na Bahia, um no RS e dez no Paraná. Sete investigações de possíveis novos casos estão em curso.
Como se proteger contra a gripe aviária
O principal fator de transmissão da influenza aviária é a exposição direta a aves silvestres infectadas, que servem como hospedeiro natural e reservatório dos vírus da IA. Além disso, os mercados ou feiras de aves vivas podem facilitar o contato próximo entre diferentes espécies de aves e outros animais, o que facilita a transmissão.
Nesse sentido, o Ministério da Agricultura recomenda aplicar medidas de biosseguridade nos estabelecimentos avícolas visando limitar a exposição de aves domésticas a aves silvestres, principalmente migratórias ou aquáticas, para diminuir os riscos de transmissão e evolução do vírus.