Foram encontradas 4.500 aves e 9.000 lobos-marinhos mortos na região do Coquimbo, no norte do Chile, e autoridades estão investigando o que pode ter ocasionado a morte em massa dos animais. O fenômeno surpreendeu os moradores do local.
Nesta sexta-feira (02), saíram os resultados dos exames aos quais as aves foram submetidas pelos funcionários do Serviço Agrícola e de Pecuária (SAG, na sigla em espanhol), que recolheram as aves e os lobos-marinhos essa semana.
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Segundo eles, as informações apuradas sobre as mortes foram as seguintes:
- Uma espécie vulnerável de pinguins, de Humboldt, foi atingida: cerca de 10% das 10 mil das aves morreram
- A quantidade de 9.000 lobos-marinhos mortos foi o dobro comparado aos casos registrados dos últimos 14 anos
- Sob as estimativas do SAG, morreram em torno de 3.500 biguás-do-guano, de dorso preto e abdômen branco, semelhantes aos pinguins, desde o dia 26 de maio
As autoridades dizem que parte das mortes ocorreu em decorrência da gripe aviária, que atinge atualmente todo o litoral chileno, mas que pelo menos 3.500 aves não tiveram a fatalidade com a doença, o que os deixou intrigados.
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No entanto, o diretor do SAG em Coquimbo, Jorge Mautz, afirmou que pode falar com confiança que as mortes não foram provocadas pela gripe aviária.
De acordo com ele, o que está provocando as outras mortes provavelmente é “algo que está acontecendo no mar” quando as aves mergulham para caçar o seu alimento. A poucos metros de cassinos, restaurantes e hotéis foram vistas centenas de milhares de aves sendo recolhidas.
Um pescador de 47 anos, Édison Alfaro, afirmou à AFP que mora desde sempre na região e que nunca viu tal fenômeno. “Jamais vimos isso antes. É impressionante a mortandade desses pássaros".
O primeiro contágio em humanos já chegou a ser confirmado no dia 29 de março. O infectado é um paciente de 59 anos que ainda segue hospitalizado.