CASO RARO

Como uma internação por gripe terminou com amputação das duas pernas

A professora Julianna Bransden, de 44 anos, apresentou sintomas banais, mas seu caso era muito grave. Ele ficou 18 dias em coma e deve ter ainda os dedos das mãos extirpados

Julianna Bransden em recuperação, num hospital do País de Gales.Créditos: Arquivo pessoal
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Julianna Bransden, uma professora de Ensino Fundamental de 44 anos que vive em Pembrokeshire, no País de Gales, Reino Unido, definia-se como uma pessoa “comum”, “saudável” e com uma “vida feliz”. Isso tudo durou até a última véspera de Ano Novo, 31 de dezembro de 2022, quando ela apresentou um quadro gripal normal e foi se deitar com um pouco de cansaço e mal-estar típicos de doenças respiratórias. Que reporta a assombrosa e comovente história é o jornal britânico The Independent.

Após se deitar na virada do ano, Julianna só piorou e seu quadro passou a agravar-se hora após hora, o que culminou com sua internação na manhã seguinte, quando seu marido, Tim Bransden, já cansado de ligar para um suporte médico público, que apenas o orientava a dar paracetamol à esposa, resolveu chamar uma ambulância para removê-la.

No Hospital Withybush, Julianna não recuperava os sentidos e seguia como se estivesse “apagada”. Entrou em coma e assim permaneceu por 18 dias, período em que lutou por sua vida. Ela apresentou em pouco tempo choques sépticos, ou seja, infecções generalizadas gravíssimas, o que desencadeou um processo de necrose em suas pernas, dos joelhos para baixo.

Julianna Bransden, antes da amputação das pernas

Com os membros inferiores já totalmente enegrecidos e oferecendo risco de morte, os médicos não tiveram outra solução senão amputar as duas pernas. O problema é que os dedos das mãos também escureceram e possivelmente ela terá que retirá-los nos próximos dias. A sepse de Julianna foi tão grave e avassaladora que ela começou a apresentar falência múltipla de órgãos.

Os médicos, depois de tantas incertezas e do turbilhão de dificuldades enfrentado pela paciente, explicaram que Julianna tinha, na verdade, uma agressiva pneumonia e que essa grave, súbita e agressiva infecção fora a responsável pela progressão assustadora dos sintomas, levando à sepse.

Julianna Bransden durante o período em que esteve em coma

A mãe da professora, Linda Burgess, que acompanha a filha o tempo todo, desde a internação, explicou que os médicos ficaram surpreendido com a resistência de Julianna e, sobretudo, impressionados com o pensamento positivo da paciente, que mesmo diante de tudo que ocorreu ainda segue sorridente e se comportando de forma otimista.

Julianna Bransden com familiares, já em recuperação