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A vitamina C (ácido ascórbico) está presente em alimentos como laranja, limão e brócolis. Procurada por pessoas que querem melhorar de saúde e aumentar a imunidade, especialmente para solucionar sintomas de gripe, os suplementos de vitamina C são vendidos sem receita médica e sem a comprovação científica de eficácia no tratamento das doenças.
Importância da Vitamina C para o sistema imune
- Os resfriados não se referem à doenças, mas ao grupo de sintomas como obstrução nasal, dor de garganta, cansaço e tosse. Com o uso de medicamentos convencionais antigripais, o individuo não deixa de estar contaminado, só inibe os sintomas da doença.
- Assim como os medicamentos, a vitamina C não acaba com as doenças virais, mas pode fortalecer o sistema imunológico por dois motivos: proteção contra o estresse oxidativo gerado durante as infecções; e o aumento na produção de anticorpos, as células de defesa (glóbulos branco).
- A vitamina C, no entanto, não é produzida endogenamente e por isso, depende de uma dieta equilibrada que contenha a quantidade necessária da substância – 90 mg para homens e 75 mg para mulheres, conforme recomendações dos Institutos Nacionais de Saúde.
- Estudos que compararam os sintomas percebidos por pacientes que ingerem vitamina C suplementada e aqueles que receberam placebo. Para um total de 2.490 pacientes que tomaram mais de um grama (1 g) de vitamina C, 5,8% perceberam melhoras. Quanto ao placebo, 6% dos 2.066 sentiram efeitos benéficos.
Vitaminas e a Covid-19
- O estudo Uso global de medicamentos 2023, elaborado pelo Instituto IQVIA, registrou um aumento médio de cerca de 10% no uso complementar de vitaminas e minerais entre o antes e o depois da pandemia.
- O período analisado, entre o terceiro trimestre de 2019 e o segundo trimestre de 2022, corresponde ao momento em que a desinformação incentivou pessoas a utilizarem esses suplementos no tratamento da Covid-19, mesmo sem evidência clínica.
- No mundo, 4,4% das doses diárias de medicamentos eram de vitaminas e minerais, com destaque para as áreas da Ásia-Pacífico, África e Oriente Médio, que aumentaram o uso em aproximadamente 20%. China, Japão e América do Norte foram aqueles que menos consumiram.