Uma nova droga demonstrou ser eficaz contra a progressão do Alzheimer, com redução de até 60% da perda cognitiva da doença, segundo apontam resultados preliminares de uma pesquisa farmacêutica publicada nesta segunda-feira (17).
O medicamento, chamado “donanemabe”, impediu que 47% dos pacientes que possuem Alzheimer em fase inicial tivessem progressão na doença. Naqueles que já possuíam sintomas aparentes de perda cognitiva, a droga demonstrou atraso na evolução da condição em 60% dos casos.
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Os dados já haviam sido compartilhados em maio, mas passaram por revisão de especialistas da área e foram publicados na revista científica Jama (Journal of the America Medical Association). O medicamento é produzido pela indústria farmacêutica Eli Lilly e é visto como uma potencial grande mudança ao combate do Alzheimer.
"Retardar o declínio cognitivo do paciente é fundamental, pois pode significar mais tempo nos ganhos menos impactantes e mais habilidades da doença. Na prática, isso significa permitir a independência do paciente em suas tarefas cumpridas, hobbies e no convívio com a família", disse o diretor médico sênior da Lilly Brasil, Luiz André Magno.
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O donanemabe age como um anticorpo a partir de uma molécula, atingindo uma espécie de “placa” da substância beta amilóide no cérebro, que é responsável pela perda cognitiva. Ao reduzi-las, o declínio cognitivo também é combatido, apresentando melhora nos pacientes.
O estudo foi realizado em 1736 pessoas, entre 60 a 85 anos, com grau leve de Alzheimer. O resultado foi menos eficaz em pacientes com idades mais avançadas. Um dos efeitos colaterais do tratamento foi o inchaço cerebral, sendo uma condição comum em cerca de um terço dos pacientes, que foi resolvido sem maiores problemas para a maior parte deles. Três voluntários faleceram devido ao inchaço.