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Chip da beleza: entenda os riscos dos implantes hormonais

Médicos alertam que não existe dose segura para o uso de hormônios para fins estéticos ou de performance e os efeitos colaterais dos dispositivos podem ser imprevisíveis

Créditos: Agência Brasil (Rafa Neddermeyer) - Chip da beleza pode causar graves efeitos colaterais
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Especialistas em endocrinologia, obesidade e ginecologia estão preocupados com o aumento do uso de implantes hormonais, conhecidos como chip da beleza, no Brasil.

Esses implantes, que frequentemente contêm esteróides anabolizantes, são usados para emagrecimento, tratamento da menopausa, antienvelhecimento, entre outros, mas não são aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso comercial.

Os chips da beleza podem conter testosterona, gestrinona, entre outras substâncias, e estão associados a efeitos colaterais graves e imprevisíveis. 

Entre os possíveis efeitos colaterais do chip da beleza estão problemas cardiovasculares, hepáticos, renais, além de alterações psicológicas e psiquiátricas. A falta de regulamentação e estudos adequados sobre sua segurança e eficácia levanta sérias preocupações entre profissionais de saúde.

Sete entidades médicas pediram à Anvisa que regule o uso desses implantes e aprimore o controle do uso de esteróides anabolizantes.

Os médicos dessas entidades alertam que não existe dose segura para o uso de hormônios para fins estéticos ou de performance e os efeitos colaterais dos dispositivos podem ser imprevisíveis e graves, com os riscos ultrapassando qualquer possível benefício.

Além disso, as entidades pedem que a Anvisa aprimore o controle do uso de esteroides anabolizantes e regulamente a manipulação de medicamentos somente pela via de administração na qual o medicamento foi registrado.

As entidades que assinam o pedido são a Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso), Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE), Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) e Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).

A Anvisa ainda não se manifestou sobre o pedido das entidades.

Com informações da Agência Brasil