A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, recentemente, o uso de um medicamento contra queda de cabelo. A partir de agora, o baricitinibe, também conhecido como Olumiant, seu nome comercial, poderá ser utilizado, especificamente, no tratamento da alopecia areata.
Este problema é mais grave do que a alopecia androgenética, tipo de a calvície mais frequente na população, que se trata de uma herança genética.
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O remédio, produzido pela farmacêutica Ely Lilly, é um imunomodulador, ou seja, atua no sistema imune dos pacientes, auxiliando na diminuição da ação de uma substância ligada à ocorrência de reações inflamatórias no organismo.
Com isso, evita a ação que provoca agressão ao folículo capilar, onde se localiza a raiz do fio de cabelo.
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O baricitinibe foi utilizado em um estudo com 1.200 adultos com alopecia areata grave, incluindo brasileiros acompanhados na Unicamp. Em um período de seis meses de tratamento, 80% da área do couro cabeludo, que estava sem pelos, foram recobertas em 22% dos pacientes
O estudo observou, ainda, a ocorrência de alguns efeitos colaterais de gravidade leve a moderada: infecção do trato respiratório superior, nasofaringite, cefaleia, acne e infecção do trato urinário.
Indicações terapêuticas
A indicação para quadros graves de queda de cabelo surgiu agora, com a nova determinação da Anvisa. Porém, o baricitinibe já tinha registro no Brasil para tratamento de artrite reumatoide ativa, de moderada a grave, e dermatite atópica, de moderada a grave.
Além disso, foi utilizado no tratamento da Covid-19, em pacientes adultos internados, que necessitavam de alto fluxo de oxigênio ou ventilação não invasiva.
Medicamento ainda é caro
Para conseguir o remédio é preciso receita médica. Ele já está disponível nas farmácias do país. A Eli Lilly informou, em nota encaminhada à coluna VivaBem, no UOL, que a dosagem de 4 mg tem um preço máximo ao consumidor de R$ 5.648,25, fora impostos.