A Rede de Pesquisa Solidária em Políticas Públicas e Sociedade, em colaboração com a Fundação José Luiz Egydio Setúbal, realizou uma pesquisa que demonstra que a maior parte da população brasileira está vacinando crianças e adolescentes.
Foram entrevistadas mais de 2 mil pessoas entre os meses de julho e agosto. Segundo o levantamento, 98,1% dos responsáveis por crianças e adolescentes de 14 anos de idade ou menos responderam que os vacinaram com todas as doses estabelecidas pelo Plano Nacional de Imunização (PNI).
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A região Nordeste registrou 100% de adesão à vacinação, o Sudeste 97,8%, região Sul com 97,5%, Centro-Oeste com 96,1% e Norte brasileiro com 95,3%.
“Os dados analisados sugerem que no atual contexto brasileiro os pais expressam opiniões favoráveis à vacinação de seus filhos com diferentes imunizantes e reportam altos níveis de adesão à imunização. Essa tendência é observada em todas as regiões do país, embora possam ser observadas pequenas oscilações entre as regiões e entre os imunizantes abordados no estudo”, diz o texto da pesquisa.
A alta aceitação das vacinas e a conscientização de sua importância é um resultado direto das campanhas de vacinação realizadas nos últimos meses. Em 2021, no meio da pandemia de Covid-19, o movimento antivacina ganhou força no Brasil, preocupando a condição da saúde pública no país.
Em março de 2023, o Ministério da Saúde acionou o Conselho Federal de Medicina a fim de estabelecer ações que desmentissem fake news espalhadas quanto às vacinas e para cobrar um posicionamento efetivo do órgão quanto a isso.
O negacionismo se fez presente dentro do próprio CFM, quando os médicos apoiaram e prestigiaram representantes da Associação Médicos pela Vida em 2022, a qual foi responsável por realizar um manifesto em favor do ineficaz “kit Covid”. Além disso, Jair Bolsonaro foi aplaudido pelos integrantes do conselho ao mencionar que não havia se vacinado contra o coronavírus.
O Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) de São Paulo fez um levantamento sobre a vacinação infantil contra o Covid-19, entre crianças de 5 a 11 anos de idade. O estudo apontou que, quanto maior a escolaridade dos responsáveis, menor é a intenção de vacinar as crianças.
Além disso, quanto maior a classe econômica, mais baixo é o intuito da vacinação. Ao todo, 84% dos pais e mães de São Paulo aprovam a imunização do coronavírus através da vacinação. Daqueles que consideram a vacina importante, 99% possuem a intenção de imunizar seus filhos.