Arnaldo Machado, 47 anos, ficou sete meses internado por conta de um problema pulmonar causado por conta do uso de vaporizadores de nicotina, os famoso vapes.
Os populares cigarros eletrônicos têm se popularizado nos últimos anos, apesar de seus efeitos na saúde humana ainda não serem totalmente conhecidos.
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Em meio a um debate no Brasil que busca legalizá-los, Arnaldo Machado relatou sua história e afirma que é totalmente contrário ao uso da droga.
"Eu tive um colapso, meu pulmão parou e aí eu passei a jornada mais cruel da minha vida por conta de um aparelho que hoje eu vejo milhares de pessoas fazendo o uso. Esse aparelho mata, esse aparelho tira vida, não deveria nem estar sendo discutida a possibilidade de ele ser legalizado", afirmou ao G1.
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Ele teve uma crise de EVALI, termo que significa "doença pulmonar associada ao uso de produtos de cigarro eletrônico ou vaping" em inglês. Ela foi descrita pela primeira vez em 2019 nos Estados Unidos e está relacionada ao uso de dispositivos de vaping.
O uso da substância criou uma parede de gordura dentro do pulmão do paciente, que resultou em uma espécie de graxa pulmonar que o impedia de respirar.
"O problema é que o cigarro eletrônico ele forma um vapor, aquele vapor ele forma um óleo, esse óleo atinge os alvéolos pulmonares, forma uma espécie de uma graxa e impede a troca gasosa de oxigênio com CO2 e teu pulmão entra num colapso. E foi exatamente o que aconteceu comigo", disse o farmacêutico.
Após sete meses internados, ele é totalmente contrário à legalização do produto e pede que as autoridades banam completamente o produto.
A solução líquida aerossolizada que é vaporizada pelo dispositivo pode conter várias substâncias nocivas, como nicotina, metais pesados e aromatizantes, que podem ser inaladas pelos usuários.
Além disso, o uso de cigarros eletrônicos pode levar à dependência de nicotina, aumentar o risco de iniciação de jovens e adolescentes ao tabagismo e provocar danos na mucosa oral, irritação da garganta e olhos, rinite, pneumonia e outras condições. No Brasil, a venda, a importação e propagandas desses dispositivos são proibidas pela ANVISA.