MEDICINA

Homeopatia: entenda mais sobre essa especialidade médica

Área é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina e tem tratamento disponível no SUS

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Nesta terça-feira (21), é comemorado o Dia Nacional da Homeopatia. A data foi escolhida em homenagem à chegada do homeopata francês Dr. Benoit Jules Mure ao Brasil, neste mesmo dia em 1840. Foi a partir da chegada deste médico, discípulo do criador da homeopatia, que a especialidade passou a ser difundida no país.

A especialidade foi criada pelo médico alemão Samuel Hahnemann, no final do século 18. Mais de 200 anos após sua concepção, a homeopatia permanece um mistério para muitas pessoas, que duvidam de sua eficácia. No entanto, o fato é que, de lá para cá, esse método se consolidou para uma parte da medicina.

O que é a homeopatia

A homeopatia é uma área da medicina que acredita na cura “de dentro para fora”. Isto é, enquanto a medicina tradicional trata os sintomas das doenças, a homeopatia busca tratar o paciente, de acordo com a Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde.

Para isso, a especialidade segue três princípios: a crença de que “semelhante cura semelhante”, a experimentação no homem sadio e o uso da ultradiluição de medicamentos. Nesse sentido, os homeopatas creem que as substâncias disponíveis na natureza têm potencial de curar os mesmos sintomas que produzem.

Daí a ideia de experimentação no homem sadio, pois se uma determinada substância provoca sintomas semelhantes ao de uma doença conhecida em um homem saudável, então essa mesma substância terá a capacidade de curar essa enfermidade em um doente.

O conceito de “energia vital” também é importante para a homeopatia. Os especialistas nessa área defendem que todos os seres vivos apresentam uma espécie de força organizadora que ajuda a manter os vários tipos de organismo em estado mais ou menos saudável. Com a perturbação desse equilíbrio é que viriam as doenças. Desse modo, a cura passa por restabelecer o equilíbrio da energia vital.

Medicamentos homeopáticos

A homeopatia utiliza medicamentos preparados a partir do histórico da doença e do paciente, e diluídos para diminuir os efeitos colaterais. Mesmo sendo naturais, os medicamentos homeopáticos não devem ser tomados sem a prescrição de um médico, pois, se administrados de maneira errônea, podem provocar danos graves à saúde.

Segundo a Farmacopeia Homeopática Brasileira (FHB), é medicamento homeopático toda “apresentação farmacêutica destinada a ser ministrada segundo o princípio da similitude, com finalidade preventiva e terapêutica, obtida pelo método de diluições seguidas de agitações e/ou triturações sucessivas”.

Eles são de origem animal, vegetal ou mineral e podem ser manipulados na forma líquida, em tabletes, glóbulos ou pó.

Homeopatia no SUS

Desde a década de 1980, a homeopatia é uma especialidade médica reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina, como versa a Resolução CFM nº 1.295/1989.

Em 2006, o tratamento homeopático passou a ser disponibilizado no Sistema Único de Saúde (SUS), como parte da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC).

A prática é vista como uma ação complementar à alopatia. Segundo a PNPIC, qualquer pessoa pode passar por um tratamento homeopático, de recém-nascidos a idosos, em situações clínicas agudas ou crônicas.

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