Pesquisas a partir de um ensaio clínico concluíram que a utilização do ácido bempedoico (medicamento para baixar o colesterol) em pacientes intolerantes a estatinas, que ainda não tiveram um evento cardiovascular, mas têm fatores de risco como diabetes, reduziu em quase 40% a chance de morte devido a problemas cardíacos, como infarto ou AVC.
A informação foi foi publicada em um relatório da Cleveland Clinic e apresentada na 83ª Sessão Científica Anual da American Diabetes Association em San Diego (EUA). O trabalho também foi publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA).
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Conforme o estudo, tomando uma pílula diária, o ácido bempedoico reduziu o colesterol LDL. Além disso, apresentou diminuição significativa (39%) nas mortes por doenças e ataques cardíacos.
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O colesterol é um tipo de gordura presente no sangue e em alguns alimentos. O corpo humano necessita de certa quantidade de colesterol para funcionar adequadamente. Porém, em excesso prejudicca a saúde.
Existem dois tipos principais de colesterol: o LDL (conhecido como colesterol ruim) e o HDL (colesterol bom). O primeiro pode se depositar nas paredes das artérias, formando placas que, invariavelmentem, obstruem o fluxo sanguíneo e aumentam o perigo de doenças cardíacas e AVCs.
O segundo, por sua vez, auxilia na remoção do excesso de colesterol das artérias para levá-lo de volta ao fígado para eliminação.
“O que vimos realmente me surpreendeu”, declarou Steven Nissen, o principal autor do estudo e diretor acadêmico do Cleveland Clinic Heart, Vascular and Thoracic Institute.
“Espero que este seja um alerta para pacientes e médicos. No momento, menos da metade das pessoas que deveriam receber uma medicação para baixar o colesterol por causa do risco de doença cardíaca estão recebendo. Isso tem que mudar”, destacou.
Diante deste cenário, o especialista ressaltou a importância do novo medicamento e assegurou que “tratar as pessoas que apresentam fatores de risco antes do primeiro evento cardiovascular traria grandes benefícios, não só na prevenção de complicações como também na prevenção de mortes”.
Neurologista destaca eficácia do medicamento
“O ácido bempedoico seria uma nova alternativa às conhecidas estatinas, das quais existem várias amplamente utilizadas na população. Praticamente todo mundo sabe o que é Rosuvastatina ou Atorvastatina, e nos institutos de cardiologia eles as têm como ferramentas fundamentais”, relatou o neurologista Alejandro Andersson, em entrevista ao site Infobae.
“Esse produto, por enquanto, faz com que o colesterol seja sintetizado em menor quantidade pelo fígado, assim como fazem as estatinas. Mas permite trabalhar de uma forma diferente o LDL, que é o colesterol que mais dá problema e que as pessoas chamam de colesterol ruim”, emendou o médico.