ALIMENTAÇÃO

Baixa ingestão de carboidratos aumenta o risco de morte, afirma estudo

Tanto os que vilanizam, quanto os que exaltam o consumo de carboidratos têm mais chances de desenvolver doenças; equilíbrio é a solução

Arroz, macarrão e batata. Imagem IlustrativaCréditos: Pixabay
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A baixa ingestão de carboidratos pode aumentar o risco de morte. É o que diz um estudo publicado na The Journal of Nutrition, publicação da Sociedade Americana de Nutrição (ASN, na sigla em inglês).

O estudo mostrou que tanto a falta quanto o excesso de carboidratos afetam a expectativa de vida. Ele foi realizado por cientistas japoneses da Universidade de Nagoya ao longo de nove anos.

O que diz o estudo

O objetivo da pesquisa foi “examinar a longo prazo associações entre consumo de carboidrato e de gordura e mortalidade”, tendo em vista “resultados contraditórios” encontrados em estudos prévios sobre o tema.

Mais de 80 mil voluntários, entre homens e mulheres, foram acompanhados pelos pesquisadores por meio de questionários detalhados sobre a sua alimentação. Entre os dados informados estão a quantidade de consumo de carboidratos refinados e integrais, de gorduras saturadas e insaturadas e informações sobre estilo de vida, como ingestão de álcool, consumo de tabaco e frequência de atividade física.

A média de idade dos participantes foi de 55 anos, sendo que as idades poderiam variar entre 35 e 69 anos.

Os pesquisadores concluíram que o risco de morte por doenças cardiovasculares foi maior entre aqueles que consumiam uma quantidade moderadamente baixa de carboidratos, correspondente a 40% a 50% do total energético diário.

O gênero também foi uma variável considerada. Homens com ingestão inferior a 40% apresentaram uma taxa de mortalidade mais elevada. Ao mesmo tempo, mulheres com ingestão superior a 65% do total energético sugerido sofreram a mesma consequência.

Dieta equilibrada

O estudo aponta para a necessidade de uma dieta equilibrada. Os autores advertem que dietas altamente restritivas, voltadas para a perda de peso, podem não ser a estratégia mais saudável.

Para os carboidratos, a proporção recomendada seria de 40% a 70% da ingestão calórica total. Mas, em adição, o ideal é adotar uma alimentação balanceada que assegure uma ingestão energética adequada proveniente de diversas fontes.