GOVERNO BOLSONARO

Queiroga indica um dos criadores do Mais Médicos para o comando da Opas

Atualmente, o sanitarista é diretor-assistente da organização. A indicação dele foi feita por Queiroga no fim de abril. A eleição acontecerá em setembro

Marcelo QueirogaCréditos: Reprodução / Divulgação redes sociais
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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, indicou o médico sanitarista Jarbas Barbosa, como o candidato oficial do Brasil na eleição para o comando da Organização Pan-Americana de Saúde, a Opas.

Pernambucano, Barbosa é considerado um dos idealizadores do “Mais Médicos”, programa criado no fim do primeiro governo da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) e que trouxe médicos cubanos para atender indígenas, comunidades tradicionais e regiões carentes de difícil acesso no país.

Apesar do perfil técnico desempenhado na gestão do PT, interlocutores de Marcelo Queiroga justificaram a indicação dizendo que o sanitarista faz um bom trabalho e é defensor das pautas do governo Bolsonaro.

Atualmente, Jarbas Barbosa é diretor-assistente da Opas. A indicação dele para a disputa pela direção-geral da entidade foi feita por Queiroga no fim de abril. A eleição só acontecerá em setembro.

Braço da Organização Mundial da Saúde (OMS), a Opas foi a intermediária da contratação dos médicos cubanos que atendiam indígenas e regiões carentes de difícil acesso. Os médicos cubanos do Mais Médicos eram contratados em parceria com a Opas que realizava o pagamento desses profissionais.  Bolsonaro mente ao dizer que 80% do salário dos médicos era destinado a Fidel Castro.

Criado na gestão do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, o programa proporcionou acesso à saúde a 63 milhões de brasileiros com 18.240 médicos espalhados por 4.058 municípios, sendo 34 distritos indígenas.

Para ter uma ideia, o Mais Médicos levou mais de 2,6 mil profissionais médicos para atendimento em diversos municípios do estado de São Paulo. O Médicos pelo Brasil está levando apenas 41. 

Desmantelado pela gestão de Bolsonaro, o Mais Médicos foi rebatizado por “Médicos pelo Brasil“. Com a demissão dos médicos cubanos, milhares de famílias foram prejudicadas.