A aliança da ultradireita neofascista, representada no Brasil pelo espólio político de Jair Bolsonaro (PL), com os trustes neoliberais está cada dia mais evidente, enquanto o ex-presidente busca iludir os seguidores mais radicais de que trabalha em prol do povo.
Preparando o sucessor no governo do Paraná, Ratinho Jr. (PSD) tem se oferecido à Faria Lima como alternativa, caso o colega paulista Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) desista de concorrer ao Planalto em 2026 para tentar a reeleição em São Paulo.
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Ratinho está em seu segundo mandato e terá que partir para uma nova disputa no próximo ano. Para isso, o nome do filho do apresentador do SBT tem sido colocado pelo PSD, de Gilberto Kassab, em sondagens nas pesquisas de intenção de votos.
O bom desempenho, especialmente no estudo do Paraná Pesquisas que projeta até mesmo uma possível vitória sobre Lula, levou Ratinho às sabatinas neoliberais com agentes do sistema financeiro.
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Nas últimas semanas, o governador paranaense foi convidado para um convescote com as cúpulas do Bradesco e do Santander na capital paulista, onde se colocou como alternativa à terceira via anti-Lula.
Na conversa, Ratinho destacou as ações de privatização de seu governo, em especial da Companhia Paranaense de Energia (Copel), concluída em 2023. No fim de 2024, ele já havia defendido as políticas de privatizações e concessões em evento do banco Safra.
Na última semana, o filho de Ratinho também usou a expertise do marqueteiro argentino Jorge Gerez para se apresentar nacionalmente em um vídeo institucional. No vídeo divulgado nesta sexta, ele diz que "chegou a hora de virar uma página" e pede "um Brasil sem brigas ideológicas".
Campos Neto
Em outro polo, o ex-presidente do Banco Central se lançou como lobista dos bancos digitais enquanto aguarda o fim da quarentena para assumir, em 1º de julho, a vice-presidência do conselho de administração e a chefia global de políticas públicas do Nubank.
Nas últimas duas semanas, Campos Neto se reuniu com lideranças do Centrão e do bolsonarismo para fazer lobby contra o aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) das chamadas fintechs.
Para compensar a desoneração do Imposto de Renda para os brasileiros que ganham até R$ 5 mil, o governo Lula propôs elevar de 9% para 15% - percentual igual a dos bancos - a tributação sobre os lucros das chamadas fintechs.