Em meio à tentativa da mídia de usar os dados da avaliação do governo para atacar Lula, uma análise feita pelo jornalista e escritor Franciel Cruz na rede X revela uma boa surpresa para o presidente na região Sudeste, onde se concentram 43% dos eleitores do país, segundo dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2024.
Segundo o jornalista, "os portais noticiosos gritam esganiçadamente que a popularidade do governo está derretendo", mas os dados não mostram exatamente isso. "Pesquisa não é só uma foto. É retrato e tendência", ressalta.
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O jornalista chama a atenção para o hiato entre as pesquisas Quaest, que comparou o levantamento divulgado nesta quarta-feira (2), com campo de pesquisa em março, com o de janeiro, com campo de pesquisa no mesmo primeiro mês do ano.
Entre os dois estudos, no entanto, a Quaest divulgou uma pesquisa focada em 8 estados, sendo três deles no Sudeste. São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, que são, sequencialmente, os três maiores colégios eleitorais do país.
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Juntos, paulistas, mineiros e fluminenses somam 67.546.693 de eleitores de um total de 155.912.680 em todo o país - 43,33% do eleitorado nacional. Espírito Santo, que completa a região Sudeste, tem 2.999.642, o 14º colégio eleitoral.
A pesquisa Quaest de fevereiro revela que em São Paulo Lula tinha desaprovação de 69% - e aprovação de 29%. Em Minas, a rejeição era de 63% e a avaliação positiva de 35%. No Rio 64% desaprovavam e 35% aprovavam.
A mesma Quaest, divulgada nesta quarta-feira, mostra que, no Sudeste, o índice de desaprovação do governo Lula é de 60% - com 37% de aprovação. Ou seja, uma queda se comparada aos dados de fevereiro nos três principais estados do Sudeste, que concentram mais de 95% do eleitorado da região.
"Pois bem. Em resumo, o quadro é este. A rejeição nestes 3 estados que, repito, representam + de 40% do eleitorado, caiu de 66% pra 60%. E a aprovação subiu de 31% e caqueirada pra 37%. A situação é preocupante, mas é bom ter a noção exata das coisas", diz Cruz.
Vale lembrar que, justamente nesse hiato em que não houve pesquisa nacional da Quaest, foi quando Lula lançou dois dos projetos que mais impactaram na população: a isenção do Imposto de Renda para a faixa até R$ 5 mil e a desoneração da taxação sobre alimentos.
A Pesquisa Latam Pulse, realizada mensalmente pela Atlas em parceria com a Bloomberg, divulgada um dia antes da Quaest já mostrava esse cenário de desaceleração e até inversão da curva de desaprovação do presidente.
Segundo o estudo da Atlas, a avaliação pessoal do presidente teve uma leve oscilação entre fevereiro e março, passando de uma desaprovação de 53% para atuais 53,6%.
A série de medidas para baixar o preço dos alimentos ainda inverteu a tendência de alta na desaprovação do governo, que oscilou de 50,8% para 49,6%. No entanto, a aprovação segue oscilação negativa, de 37,6% para 37,4% no período.
Leia a sequencia de tuites de Franciel Cruz na rede X