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Alta de preços segue pressionando popularidade de Lula, mostra pesquisa Latam Pulse

Avaliação pessoal do presidente teve leve oscilação e do governo interrompeu viés de desaprovação no último mês. Além da inflação, política de segurança pública é citada como "problemas do Brasil"

Lula durante coletiva de imprensa em Hanói, no Vietnã.Créditos: Ricardo Stuckert / PR
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Pesquisa Latam Pulse, da Atlas Intel em parceria com a agência Bloomberg, divulgada nesta terça-feira (1º) revela que a inflação segue sendo o principal fator de pressão sobre a popularidade do presidente Lula no Brasil.

A avaliação pessoal do presidente teve uma leve oscilação entre fevereiro e março, passando de uma desaprovação de 53% para atuais 53,6%.

Entre as duas pesquisas, Lula anunciou uma série de medidas para baixar o preço dos alimentos - como a isenção fiscal de produtos da cesta básica - que inverteu a tendência de alta na desaprovação do governo, que oscilou de 50,8% para 49,6%. No entanto, a aprovação segue oscilação negativa, de 37,6% para 37,4% no período.

A pesquisa mostra que o tema é o principal efeito que segura a popularidade de Lula, juntamente com a política de segurança pública e uma questão recorrente, que foi colocado pela mídia liberal, em Lula e no PT: a corrupção.

Segundo o levantamento, 86,6% apontam a inflação como "uma grande preocupação" no momento e 75% alegam que a rende não está acompanhando a alta dos preços.

Os maiores preços estão sendo notados nos supermercados, segundo 95,8% dos entrevistados. Em seguida, a alta nos combustíveis é mencionado por 48,1%. Energia elétrica e gás são citados por 33,6% e alimentação fora de casa (restaurantes e bares) por 29,8%. Completam a lista: saúde e medicamentos (27,6%), aluguel e moradia (15%), vestuário (5,5%), transporte público (2,4%) e educação (o,5%).

Mais da metade, 56,9%, apontam "falha na política econômica do governo" como a causa do aumento dos preços. Outros 26,4% dizem que é "especulação de empresas e varejistas para maximizar lucros". O estudo mostra ainda que 62,5% dizem que o governo deveria faz mais para reduzir a inflação.

Segurança pública e corrupção

Além da economia, a pesquisa mostra que há uma preocupação alta com "criminalidade e tráfico de drogas", citado por 54% na lista de maiores problemas do Brasil. Em seguida, vem corrupção, tema recorrente na mídia que foi aproveitada pela ultradireita neofascista, para atacar Lula e o PT com 50,8% das menções.

O tema "economia e inflação" está em terceiro nesta lista, com 32,3% de menções, seguido de "extremismo e polarização política" e "mau funcionamento da justiça", citados por 20,1%,

Imagem de líderes

A pesquisa ainda mostra, pela primeira vez, Jair Bolsonaro (PL) como o político com melhor imagem entre as principais lideranças. O ex-presidente, que está no banco dos réus por tentativa de golpe, registra imagem positiva para 48% e negativa para 49% dos entrevistados.

Lula aparece em quarto lugar, empatado com o governador paulista Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), virtual substituto de Bolsonaro em 2026, com 45% de imagem positiva. O presidente, no entanto, tem 53% de imagem negativa, enquanto o governador registra 46%.

Candidato à presidente em 2018 e atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad tem 55% de imagem negativa e 41% de positiva.

A Atlas Intel ouviu 4.659 brasileiros entre os dias 20 e 24 de março pela tecnologia de Recrutamento Digital Aleatório (RDR), com recrutamento de pessoas na web. A margem de erra é de 1 ponto para mais ou para menos e o índice de confiança é de 95%.

Leia a íntegra da pesquisa realizada no Brasil
 

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