A relação entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), passa por um momento de desgaste, segundo aliados próximos. O motivo seria a resistência de Tarcísio em aceitar o convite para se filiar ao PL, partido liderado por Bolsonaro.
Nas últimas semanas, segundo a coluna de Bela Megale, no Globo, Bolsonaro confidenciou a interlocutores que não está em sua melhor fase com o governador, considerado por ele um dos principais nomes de sua base política. A expectativa do ex-presidente era de que Tarcísio migrasse para o PL antes de o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitar a denúncia contra Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. A filiação, nesse contexto, também teria um peso simbólico de apoio político mais firme diante das investigações em curso.
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Anúncios de Costa Neto
Apesar da pressão, Tarcísio permanece no Republicanos e tem evitado qualquer movimentação pública em direção ao PL. Em diferentes momentos ao longo de 2023, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, chegou a anunciar que o governador iria para o partido. Primeiro, alegou que a mudança ocorreria antes das eleições municipais de 2024. Depois, justificou que a filiação aconteceria apenas após o pleito.
Publicamente, Tarcísio sempre reforçou sua permanência no Republicanos. Nos bastidores, o governador já manifestou desconforto com a condução política de Valdemar Costa Neto, além de relutar em dar a Bolsonaro maior controle sobre seu futuro político — algo que inevitavelmente aconteceria com a filiação ao PL.
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A tensão entre Bolsonaro e Tarcísio ocorre em um momento estratégico para a direita, que busca consolidar alianças e nomes para as eleições presidenciais de 2026.
