SOB PRESSÃO

Deputados protocolam pedido de impeachment de Tarcísio de Freitas na Alesp

Parlamentares pedem o impedimento do governador por conta da acusação sem provas feita contra Guilherme Boulos (PSOL) no dia da votação do segundo turno

Líderes dos partidos de oposição na Alesp com o documento protocolado na AlespCréditos: Divulgação PT-SP
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Líderes das federações PT/PCdoB/PV e PSOL/Rede protocolaram nesta quarta-feira (30) um pedido de impeachment do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). 

O documento solicita a apuração do crime de responsabilidade pelo governador ter dito, sem provas, que o PCC teria indicado voto no candidato a prefeito de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL).

Para os parlamentares, o fato do governador ter feito a declaração em coletiva de imprensa ao lado do candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB), indica potencial de interferência no processo eleitoral. Segundo eles, o governador teria cometido uma infração político-administrativa.

Campanhas em horário de expediente

"O Parlamento Paulista deve receber e adotar as medidas necessárias à instrução, elaboração de ampla defesa e, finalmente, determinar a aplicação das penalidades preconizadas pela legislação em vigor, o que para nós, notadamente, seria o impeachment do Governador, dada a gravidade do ocorrido", diz o comunicado dos líderes.

Para o deputado estadual Luiz Cláudio Marcolino (PT), é "inaceitável" a conduta do governador. Ele destaca outras atitudes irregulares. “Durante todo o período eleitoral, ele usou da máquina pública, fazendo campanhas dentro do horário de expediente em muitas cidades do estado de São Paulo. Inclusive, houve a liberação de recursos para favorecer as prefeituras que tinham candidatos aliados”, aponta.

"O governador cometeu um crime gravíssimo num período em que ele não poderia se manifestar publicamente, muito menos ao lado do seu candidato. Por isso, a bancada e a federação decidiram propor o impeachment do governador. Inadmissível o uso da máquina e o desrespeito à lei", diz o líder do PT na Alesp, Paulo Fiorilo à Folha de S. Paulo