O presidente Lula (PT) participa, nesta sexta-feira (7), do Ato Nacional em Defesa da Reforma Agrária, no Acampamento Quilombo Campo Grande, em Campo do Meio, Minas Gerais. No evento, o chefe do Executivo anunciará entregas da Reforma Agrária. Essa é a primeira visita de Lula a um acampamento do Movimento Sem Terra (MST) em seu terceiro mandato.
Na oportunidade, serão feitos anúncios do Programa Terra da Gente, com entrega de 12.297 lotes em 138 assentamentos, totalizando 385 mil hectares espalhados em 24 estados do país. Áreas do MST e outros acampamentos e assentamentos estão incluídos nos anúncios. Além disso, o presidente também deve assinar um decreto de desapropriação da Usina Ariadnópolis, onde está localizado o Acampamento Quilombo Campo Grande.
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Outros decretos de desapropriação também devem ser assinados durante o evento, que também contará com a presença do ministro Paulo Teixeira, do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, além de parlamentares e apoiadores da reforma agrária.
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O presidente ainda deve anunciar portarias de criação de projetos de assentamento; contratos de renegociação de dívidas por meio do Desenrola Rural com assentados da reforma agrária; além de entregas do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF); de Títulos de Domínio; entre outros, fomentando recursos para o desenvolvimento de assentamentos, para a produção de alimentos e a educação do campo.
Tuíra Tule, representante da Direção Nacional do MST em Minas Gerais, afirma que a conquista é um marco na luta pela terra no Brasil. “Nós, que plantamos nessa terra mais de 2 milhões e 200 mil pés de café, mais de 160 tipos diferentes de alimentos, que já sofremos e resistimos a mais de 11 despejos, sabemos que os amigos e amigas do Movimento são fundamentais para essa luta, e por isso reforçamos a importância de estar juntos nesse ato de desapropriação dessa terra”, diz.
A atividade será realizada na Escola Popular de Agroecologia Eduardo Galeano, reconstruída após ser demolida em um despejo truculento em agosto de 2020, durante a pandemia. A expectativa é que cinco mil pessoas participem do ato.
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