STF

Sebastião Coelho: quem é o advogado de Filipe Martins preso no julgamento de Bolsonaro

Ele foi liberado pelo ministro Luís Roberto Barroso; sujeito é conhecido por defesa de golpe de estado desde 2022

O desembargador aposentado Sebastião Coelho em ato golpista
O desembargador aposentado Sebastião Coelho em ato golpistaCréditos: Reprodução
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Nesta terça-feira (25), o advogado Sebastião Coelho, que defende o ex-assessor de Bolsonaro Filipe Martins no caso da tentativa de golpe, foi detido.

Ele recebeu ordem de prisão do ministro Luís Roberto Barroso por "flagrante delito por desacato e ofensas ao tribunal", mas foi liberado minutos depois. Um boletim de ocorrência deve ser registrado contra o defensor.

Antes, ele havia gritado na porta da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) e chegou a interromper a leitura do relatório do ministro Alexandre de Moraes no início da sessão.

Leia: Advogado de Filipe Martins interrompe Alexandre de Moraes aos gritos no Supremo

Quem é Sebastião Coelho?

Sebastião Coelho da Silva é um advogado e desembargador aposentado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), conhecido por seu alinhamento com o bolsonarismo e por seus ataques ao STF.

Ele ingressou na magistratura em 1991, atuando em varas criminais e na Auditoria Militar do DF antes de se tornar desembargador em 2013.

Em novembro de 2022, já aposentado, participou de protestos golpistas em frente ao QG do Exército, onde defendeu a prisão do ministro Alexandre de Moraes e chegou a pedir intervenção militar:
"Resta ao presidente da República convocar as Forças Armadas para prender Alexandre de Moraes".

Ele é investigado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) desde 2024 por suposto financiamento dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

Coelho ainda ficou conhecido por defender Aécio Lúcio Costa Pereira, primeiro réu julgado pelo STF por envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Durante o julgamento, Coelho acusou os ministros do STF de serem "as pessoas mais odiadas do país" e afirmou que seu cliente participara de uma "manifestação pacífica", atribuindo os vandalismos a "agentes infiltrados".

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