“Perplexo”, “triste” e “decepcionado”. Assim, Jair Bolsonaro (PL) reagiu ao saber que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) indicado por ele, Kassio Nunes Marques, votou pela permanência de Alexandre de Moraes no chamado “inquérito do golpe”.
O ex-presidente não se pronunciou publicamente a respeito do tema, mas fez confidências a aliados, demonstrando toda sua insatisfação com o voto de Nunes Marques, que se posicionou contrário ao pedido de Bolsonaro para afastar Moraes do caso, de acordo com apurações da coluna de Paulo Cappelli, no Metrópoles.
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Bolsonaro classificou o voto de Nunes Marques como “inexplicável”, pois, segundo ele, a suspeição de Alexandre de Moraes para julgá-lo seria “evidente”.
Porém, o entendimento da maioria dos ministros do Supremo é que um golpe de Estado atingiria a democracia e a coletividade como um todo e, dessa forma, rechaçou a teoria de que Moraes deveria ser afastado.
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Em relação à presença de Nunes Marques no jantar na casa de Alexandre de Moraes, junto com outras autoridades do Supremo e do governo Lula (PT), Bolsonaro evitou comentar o assunto.
O segundo indicado
O outro indicado por Bolsonaro ao STF, André Mendonça, foi o único a votar pelo impedimento dos ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino no julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente por tentativa de golpe de Estado.
Com o voto de Mendonça, o placar ficou 9 a 1 contra a suspeição de Moraes, solicitada pela defesa do general Braga Netto, e contra o afastamento de Dino, solicitado pela defesa de Bolsonaro.
Já no pedido da defesa do ex-mandatário para afastar o ministro Cristiano Zanin, Mendonça seguiu a maioria e votou contra.
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