Prestes a virar réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro se tornou alvo de dois novos pedidos de prisão preventiva apresentados após o ato que liderou em Copacabana neste domingo (16).
Um dos pedidos foi apresentado pela deputada federal Duda Salabert (PDT-MG). Segundo a parlamentar, Bolsonaro usou a manifestação para tumultuar as investigações sobre a trama golpista e incentivou novos ataques à democracia brasileira, o que justificaria a aplicação de medidas cautelares mais duras.
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"Acabo de enviar representação para o Ministério Público Federal pedindo PRISÃO PREVENTIVA do Jair Bolsonaro. Bolsonaro continua praticando crimes, tumultuado as investigações e INCENTIVOU em sua fala de hoje ataques à democracia brasileira", anunciou Duda Salabert.
"Nós lutaremos com todas as forças possíveis para que não haja nenhum tipo de anistia! Bolsonaro e sua quadrilha: o lugar de vocês é na cadeia!", afirmou ainda a deputada.
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O outro pedido de prisão preventiva de Bolsonaro foi apresentado ao Ministério Público Federal (MPF) pela vereadora Liana Cirne (PT-PE), do Recife.
"Acabei de protocolar no STF uma notícia-crime pedindo a prisão preventiva de Bolsonaro, por obstrução da justiça, incitação de crimes contra instituições democráticas com ato pró-anistia e coação no curso do processo", disse a vereadora.
Segundo Liana, "as convocações de Bolsonaro em seu Instagram, com mais de 26,3 milhões de seguidores, configuram tentativa inconteste de delito de obstrução da justiça e incitação a novos atos que comprometam a ordem pública e a estabilidade democrática, bem como coação no curso do processo".
"Ao questionar a legalidade das condenações e fomentar a narrativa de perseguição, politizando a atividade jurisdicional e a aplicação da lei, o Noticiado cria um ambiente de instabilidade institucional, estimulando seus apoiadores a agir contra as decisões judiciais e trâmites legais estabelecidos pelo ordenamento jurídico brasileiro", diz a vereadora no pedido.