O cantor e compositor Marcelo D2 foi condenado em segunda instância, a pagar uma indenização de R$ 10 mil ao ex-governador João Doria. O processo ocorre por conta de o músico ter chamado Doria de “assassino” em função da chacina de Paraisópolis, que resultou na morte de nove jovens.
D2 afirmou na ocasião que "o mandante foi o Doria". O cantor ainda pode recorrer da sentença.
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Marcelo D2 afirmou à Justiça ser um "homem preto, conhecido por já ter sido alvo de violência e repressão policial".
Ele disse no processo que Doria tenta "calar sua boca". Ele lembra também que, ao assumir seu mandato, o ex-governador afirmou que a polícia iria atirar para matar, caso sofresse enfrentamento.
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Os advogados de D2 afirmaram durante a ação:
"Não pode agora, após tamanha tragédia e brutalidade, que culminou na morte de jovens inocentes, o autor do processo [Doria] tentar imputar ao réu [Marcelo] danos à sua imagem."
"Qualquer dano à sua imagem foi culpa exclusiva culpa, com a assunção do risco a partir de tais declarações pública", disseram ainda.
O cantor disse também que suas declarações tiveram o objetivo de trazer aos seus seguidores uma "condição reflexiva" sobre o episódio.
O que diz Doria
João Doria disse na época, ao processar D2, que ele havia disseminado "conteúdo inverídico, manipulando a opinião pública".
"É crescente a utilização da internet como estratégia de desconstrução reputacional", afirmaram os advogados de Doria. "Não se pode permitir que os internautas sejam levados a crer que o governador pactua com o triste incidente da comunidade de Paraisópolis, sendo diretamente chamado de ‘assassino’."
Além da indenização, D2 foi condenado a remover a publicação de suas redes sociais.
